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Escolas do Vale do Aço adotarão o ensino médio integral

Edvania de Lana Andrade fala sobre as mudanças que ocorrerão no ensino médio (Foto: Diário do Aço)

A diretora da 9ª Superintendência Regional de Ensino, em Coronel Fabriciano, explica que não há volta e as mudanças começam a ser avaliadas

Edvania de Lana Andrade fala sobre as mudanças que ocorrerão no ensino médio (Foto: Diário do Aço)

Após o presidente da República, Michel Temer, sancionar na semana que passou a lei que autoriza a reforma do ensino médio, muitas discussões cercam o assunto. A diretora da 9ª Superintendência Regional de Ensino, em Coronel Fabriciano, Edvania de Lana Andrade, explica que não há volta e as mudanças começam a ser avaliadas no âmbito da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais (SEE-MG).

A diretora esclarece o motivo da criação dessa medida provisória, que acabou virando lei, para o ensino médio: “A medida provisória proposta pelo Governo Federal colocou em discussão a reorganização de todo o ensino médio. A gente tem um resultado insatisfatório em relação ao desempenho dos alunos do ensino médio, o que aponta para necessidade de mudança. Dentro os pontos colocados, a medida provisória, prevê a flexibilização curricular, onde o aluno terá a oportunidade de aprofundar o estudo em uma área do conhecimento com a qual tem mais afinidade”, afirma a diretora.

No entanto, essa proposta de reforma será assimilada pelas escolas gradativamente, tendo apenas uma mudança de imediata, que é o ensino médio integral, conforme a diretora. “É uma proposta para ser implantada progressivamente, mas participaremos do projeto piloto da educação integral do ensino médio proposto pelo Governo Federal em parceria com o Governo de Minas, que ocorrerá em março”, informa.

Edvania confirma que, na região, serão três escolas da rede estadual que implantarão progressivamente o ensino médio integral: Alberto Giovanini em Coronel Fabriciano, Professora Haydée de Souza Abreu, em Timóteo e Maurílio Albanese Novaes, em Ipatinga.

A escola de tempo integral está prevista na meta 6, do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê que, até 2024, 50% das escolas e 25% das matrículas na educação básica (incluindo os ensinos infantil, fundamental e médio) estejam no ensino de tempo integral. No ensino médio, a carga deve agora ser ampliada progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800 horas por ano, de acordo com o MEC. No texto final da reforma do ensino médio, os senadores incluíram uma meta intermediária: no prazo máximo de 5 anos, todas as escolas de ensino médio do Brasil devem ter carga horária anual de pelo menos mil horas.

Preparação

A diretora da 9ª SRE informa que será feita uma reunião em Belo Horizonte para mais atualizações sobre o ensino médio. Será um momento em que diretores das escolas estarão presentes também, com o corpo técnico da Secretaria de Estado da Educação. Além disso, a superintendência programa, para o mês de março, reuniões de representantes da SEE-MG com os gestores e educadores para acertar as propostas para o ensino médio.

Mudanças

Aprovada na última semana pelo Senado, a nova legislação prevê que o currículo seja 60% preenchido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e que os 40% restantes sejam destinados aos chamados itinerários formativos, em que o estudante poderá escolher entre cinco áreas de estudo: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. O projeto prevê ainda que os alunos escolham a área na qual vão se aprofundar já no início do ensino médio.

As escolas não são obrigadas a oferecer aos alunos todas as cinco áreas, mas devem oferecer ao menos um dos itinerários formativos. Durante a tramitação na Câmara, o projeto retomou a obrigatoriedade das disciplinas de educação física, arte, sociologia e filosofia na Base Nacional Comum Curricular, até então fora do texto original.

Enem

O ministro da Educação, Mendonça Filho assegurou que a reforma do ensino médio não provocará uma “mudança repentina” no conteúdo das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal via de acesso às universidades públicas do país. Mendonça acrescentou que uma mudança mais substancial no formato e no conteúdo do Enem somente ocorrerá a partir de 2019, ano em que, segundo estimativas do Ministério da Educação, a maioria das escolas brasileiras terá se adequado às mudanças aprovadas na reforma do ensino médio.

fonte: http://diariodoaco.com.br/ler_noticia.php?id=48189&t=escolas-do-vale-do-aco-adotarao-o-ensino-medio-integral

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