A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou recentemente uma carta como resultado da 3ª Semana Nacional de Jornalismo, que ocorreu entre os dias 7 e 11 de abril em diversas cidades, incluindo Curitiba, Fortaleza, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
No documento, a ABI expressa sua gratidão ao suporte de universidades e organizações da sociedade civil, reafirmando seu compromisso com a democracia, os direitos humanos, a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão.
Os principais temas debatidos no encontro incluem:
- A defesa da obrigatoriedade do diploma de jornalismo
- A regulamentação das big techs
- O combate às fake news
- O papel do jornalismo na batalha de ideias
- A importância do jornalismo comunitário
A ABI resume esses assuntos em uma frase impactante: “sem jornalismo não há democracia”.
“O jornalismo é, ele próprio, um direito. Quando ele se ausenta, a democracia deixa de existir.”
Desertos de Notícias
A ABI também abordou a questão dos chamados desertos de notícias, regiões com escassa ou ausência total de cobertura jornalística. Essa realidade torna esses locais suscetíveis à desinformação e à propagação de notícias falsas. A entidade defende que o investimento em conteúdos informativos locais é crucial para garantir o direito à comunicação.
Outro ponto destacado foi a necessidade de regulação e responsabilização das big techs, considerada uma tarefa civilizatória. Para a ABI, é inaceitável que haja lucro provenientes de discursos de ódio e conteúdo criminoso.
A associação expressa preocupação com a transformação dos meios de comunicação em verdadeiros partidos políticos, alinhados a setores conservadores da sociedade. Observa-se um enfraquecimento das grandes empresas tradicionais, o que resultou na quase extinção das reportagens, sendo este espaço muitas vezes ocupado por narrativas da extrema direita nas redes sociais.
A ABI alerta para uma perspectiva sombria da comunicação no Brasil, caracterizada pela dominância da mídia comercial e ameaçada pelas plataformas digitais e influenciadores, que dificultam a divulgação da verdade.
A solução proposta pela ABI é o fortalecimento da comunicação e dos comunicadores comunitários, populares e independentes, que compreendem a responsabilidade política e social da comunicação, garantindo uma conexão mais próxima com o povo.
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