SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A cantora Anitta se uniu a uma campanha em prol da demarcação de terras indígenas, ressaltando sua importância para todos os brasileiros.
No Instagram, Anitta compartilhou um vídeo conscientizando sobre a necessidade de proteger as florestas, que são essenciais para o equilíbrio do nosso clima. “Você já deve saber que as florestas regulam nosso clima. E sabe quem protege essas florestas há milhares de anos, prestando serviços ao país inteiro e sustentando parte importante da economia? São os povos indígenas”, escreveu.
Durante a campanha, Anitta destacou que o agronegócio brasileiro depende das chuvas que vêm principalmente da região amazônica, onde estão localizadas muitas terras indígenas: “Sem floresta, não tem chuva. Sem chuva, não tem agro. Sem agro não tem comida nem economia. Tem gente querendo abrir essas terras para garimpo, mineração, hidrelétrica. Só que se isso acontecer, vai faltar água, comida e sobrar desastre”.
Seu alerta continuou com as consequências da falta de cuidado com a floresta e da não demarcação das terras: “Depois o preço explode no mercado e a conta vai chegar para todo mundo, inclusive você. As terras indígenas mantêm as florestas em pé, a chuva caindo e a economia girando. Tudo isso sem destruir nada”.
A campanha “Brasil Indígenas, Terra Demarcada” envolve outras personalidades como Juliette, Glória Pires, Djavan, Marcos Palmeira, Dira Paes, Xamã e Klebber Toledo.
No vídeo, Anitta também aparece usando uma camiseta da campanha e menciona um dado impactante: “80% das terras do agro no Brasil dependem das chuvas que vêm das Terras Indígenas. (…) Demarcação já! Porque floresta em pé é vida pra todo mundo”.
A mobilização é organizada pela Mídia Indígena, Apip (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), Anmiga (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade) e o ISA (Instituto Socioambiental).
Com a aproximação do ATL (Acampamento Terra Livre) 2025, que reunirá milhares de lideranças indígenas em Brasília, a campanha ganha ainda mais força. Uma das pautas do movimento é a luta contra o marco temporal, uma tese que ameaça os direitos constitucionais dos povos originários e pode agravar a crise climática com a destruição de florestas.
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