A diretora Anna Muylaert se tornou alvo de polêmica após selecionar Thainá Duarte para o papel de Geni no filme Geni e o Zepelim. O musical, baseado em Ópera do Malandro, retrata Geni como uma travesti do Rio de Janeiro que vive da prostituição.
No Instagram, Muylaert postou um vídeo convidando “amigas e amigos trans e cis” para debater a escolha de uma atriz cis para o papel. O termo “transfake” foi utilizado ao criticar a decisão de elenco.
“Quero explicar tudo. Durante o processo de criação deste filme, entendemos que a letra do Chico Buarque e o conto de Guy de Maupassant poderiam ter várias leituras”, afirmou a diretora. Ela explicou que escolher uma prostituta cis para o papel foi uma questão de “lugar de fala”.
“Essa poesia poderia ter diversas interpretações, incluindo uma mulher trans, uma mãe solteira ou uma presidente destituída”, continuou, destacando a versatilidade da narrativa.
O debate em torno da escolha de atriz gerou uma série de reações, incluindo a da cantora Liniker, que ressaltou o impacto que a decisão tem nas comunidades trans. Liniker mencionou que questionar a escolha do elenco expõe ainda mais as lutas enfrentadas por essas comunidades no Brasil.
O diálogo sobre o papel de Geni está em aberto, conforme enfatizado por Muylaert ao sugerir que a interpretação como uma mulher trans mereceria consideração.
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