A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou a interdição da pasta de dente Colgate Clean Mint em uma decisão publicada no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira (27). A medida se deve a diversos relatos de “eventos adversos” associados ao uso do produto, que será suspenso por 90 dias, podendo a fabricante recorrer da decisão.
Consumidores reportaram efeitos colaterais como aftas, bolhas, sangramentos nas gengivas e dores nas amígdalas após a utilização da pasta, que teve sua fórmula alterada recentemente.
A interdição foi justificada pela Anvisa com base no “número significativo de relatos de eventos adversos”. Entre janeiro e março deste ano, o órgão recebeu notificações de oito casos de problemas relacionados aos cremes dentais da Colgate. O alerta se estende a consumidores e profissionais de saúde, que devem relatar quaisquer incidentes pelo sistema de Cosmetovigilância no site da agência.
A Colgate, em nota, defendeu a segurança da nova fórmula do Colgate Total, que utiliza fluoreto de estanho e é adotada globalmente. A empresa afirmou que a fórmula é resultado de mais de uma década de pesquisa e testes, incluindo no Brasil.
Entretanto, relatos de consumidores indicam reações adversas. Uma usuária mencionou: “Uma amiga teve lábios inchados e aftas após a mudança para o fluoreto de estanho”. Outro consumidor apresentou feridas na boca e dor intensa, necessitando de atendimento médico e corticoides para alívio.
Tanto a Anvisa quanto a Colgate recomendam que, em caso de reações adversas, o produto seja descontinuado imediatamente e os casos sejam reportados à Anvisa pelo site oficial. Para mais informações, os consumidores podem entrar em contato com a Colgate pelo telefone 0800 703 7722.
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