Atividade econômica brasileira cresce 1,3% no primeiro trimestre

A atividade econômica no Brasil apresentou um crescimento de 1,3% no primeiro trimestre de 2024, conforme revelado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (19). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou um aumento em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2023), levando em conta dados dessazonalizados.

Quando comparado ao primeiro trimestre de 2023, a elevação foi de 3,7%, sem ajustes sazonais, dada a comparação entre meses correspondentes.

Em março de 2024, o IBC-Br registrou um aumento de 0,8% em relação a fevereiro e um crescimento de 3,5% quando comparado a março do ano anterior.

No acumulado anual, o indicador subiu 3,7%, enquanto que, nos últimos 12 meses, apresentou um crescimento de 4,2%.

O IBC-Br é fundamental para a análise da evolução da atividade econômica do Brasil e auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) a definir a taxa Selic, atualmente fixada em 14,75% ao ano.

Esse índice abrange a atividade de setores como a indústria, comércio, serviços e agropecuária.

A Selic é um instrumento crucial do BC para atingir a meta de inflação. O aumento dessa taxa visa conter a demanda excessiva, impactando os preços ao encarecer o crédito e estimular a poupança, ajudando assim na redução da inflação, apesar de poder dificultar o crescimento econômico.

No entanto, quando o Copom opta por reduzir a Selic, espera-se que o crédito se torne mais acessível, incentivando a produção e o consumo, embora isso possa também diminuir a controle da inflação.

Inflação

Na análise da inflação, em abril, o índice oficial fechou em 0,43%, pressionado principalmente pelos preços dos alimentos e de produtos farmacêuticos. Este resultado indica uma desaceleração por dois meses consecutivos, visto que o IPCA estava em 1,31% em fevereiro e 0,56% em março.

No total de 12 meses, a inflação acumulou 5,53%.

A alta nos preços dos alimentos, energia e incertezas na economia global levaram o BC a elevar novamente os juros em 0,5 ponto percentual, totalizando seis aumentos seguidos em um ciclo de contração.

Na mesma nota, o Copom não revelou expectativas para a próxima reunião em junho, mas reforçou a necessidade de prudência devido ao clima econômico incerto.

Produto Interno Bruto

O IBC-Br utiliza uma metodologia distinta da adotada para calcular o Produto Interno Bruto (PIB), o principal indicador da economia brasileira e que é medido pelo IBGE. Embora o IBC-Br possa contribuir para a estratégia da política monetária, não se configura como uma prévia do PIB.

O PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil, apresentou um crescimento de 3,4% em 2024, marcando o quarto ano consecutivo de expansão e a maior alta desde 2021, quando o PIB cresceu 4,8%.