(foto: Pedro Souza / Atltico)
O Atltico se pronunciou, nesta tera-feira (20/5), sobre a cobrana do Cuiab da dvida relacionada contratao do atacante Deyverson. Em nota oficial, o Galo alegou que as tentativas de negociaes foram recusadas e que os valores exigidos pelo clube mato-grossense na Cmara Nacional de Resoluo de Disputas (CNRD) da CBF so ‘indevidos’.
Em relao disputa havida por Cuiab e Atltico perante a CNRD da CBF, envolvendo a cesso do Atleta Deyverson, o Atltico procurou a diretoria do referido clube logo aps o vencimento da segunda parcela contratual, com o objetivo de cumprimento da obrigao, tendo a composio sido categoricamente recusada pelo Cuiab, que optou pelo litgio no lugar da conciliao, iniciou o clube mineiro.
Dessa maneira, o Atltico exerce o seu direito de defesa, na forma legal e regulamentar, inclusive porque o Cuiab promove cobrana de valores indevidos, acrescentou o Atltico.
O Atltico tambm considerou imprprias as medidas do Cuiab fora da alada da CNRD. Nessa segunda-feira (19/5), o presidente do Dourado, Cristiano Dresch, protocolou junto ao Banco Central uma denncia a Rubens Menin, scio-majoritrio da Sociedade Annima do Futebol (SAF) do Galo, uma ao devido dvida pela compra do atacante Deyverson.
O Atltico considera imprpria qualquer medida que possa vir a ser adotada pelo Cuiab relativa ao atleta Deyverson fora do mbito da CNRD, foro eleito pelas partes para a discusso sobre o caso, criticou.
Por fim, o clube mineiro criticou as aes do Cuiab e garantiu o comprometimento para a quitao da dvida pela contratao do atacante, que se transferiu para o Fortaleza em maro deste ano.
O Atltico reitera seu compromisso com o cumprimento de suas obrigaes e aguarda, com serenidade, a deliberao da CNRD, embora lamente a postura constante adotada pelo Cuiab, que no contribui para o dilogo entre as instituies, concluiu.
Imbrglio entre Atltico e Cuiab
O Galo acertou a contratao do centroavante por R$ 4,5 milhes, que foram divididos em cinco parcelas. A primeira, de R$ 500 mil, foi quitada e utilizada para concretizar a liberao do atleta junto Confederao Brasileira de Futebol (CBF).
No entanto, o Atltico no pagou os outros R$ 500 mil que venceram em 15 de setembro de 2024.
As outras trs parcelas tm vencimento em 2025, a primeira em maro, e depois de trs em trs meses.
Parcelas da compra de Deyverson pelo Atltico
- 15/09/2024 R$ 500.000
- 31/03/2025 R$ 1.500.000
- 30/06/2025 R$ 1.000.000
- 30/09/2025 R$ 1.000.000
Denncia do Cuiab ao Banco Central
O Cuiab se baseia no artigo 6, inciso I da Resoluo CMN (Conselho Monetrio Nacional) n 4.970/2021, que diz:
A autorizao para funcionamento de instituio financeira depender da anlise da capacidade econmico-financeira dos controladores, de forma isolada ou em conjunto, compatvel com o capital necessrio estruturao e operao da instituio, bem como s contingncias decorrentes da dinmica do mercado.
O clube pede ao Banco Central uma apurao por meio da rea tcnica competente, quanto regularidade da situao de Rubens Menin luz da regulamentao prudencial aplicvel s instituies financeiras, se referindo ao Banco Inter, que pertence ao empresrio mineiro.
Os pedidos do Cuiab ao Banco Central:
- i. A verificao da conformidade da sua situao econmico-financeira, inclusive como controlador de empresas inadimplentes;
- ii. A anlise do impacto que tais passivos podem ter na governana, liquidez e integridade do Banco Inter S.A.;
- iii. A eventual instaurao de procedimento administrativo para avaliao de idoneidade e aplicao das medidas previstas nos normativos aplicveis, caso constatada infrao.
O que diz o Banco Central?
A Resoluo CMN explica que a autorizao para funcionamento de um banco est condicionada comprovao da origem dos recursos utilizados na integralizao do capital social e da idoneidade dos gestores. Isso avaliado por meio de antecedentes judiciais e administrativos; histrico profissional; e situao financeira pessoal e empresarial.
Ou seja, somente o fato de o dono de um banco ter uma dvida no impeditivo para o funcionamento da instituio. Apesar disso, dvidas relevantes, inadimplncias, protestos, execues, falncias ou recuperao judicial podem comprometer a avaliao de capacidade financeira do gestor.
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