A Petrobras anunciou na última quarta-feira (26) a contratação emergencial da Azul Linhas Aéreas para assegurar a continuidade das operações em sua unidade localizada em Urucu, a 650 km de Manaus (AM). A companhia aérea assume um contrato que antes pertencia à Voepass.
De acordo com a petroleira, a decisão foi tomada após a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) suspender os voos da Voepass devido a questões de segurança. A Petrobras esclareceu que, em razão da suspensão cautelar do Certificado de Operador Aéreo (COA) da Voepass, a ANAC determinou a interrupção dos voos desta empresa. Para garantir a continuidade operacional na Amazônia, a Petrobras realizou a contratação emergencial da Azul, que já possuía uma avaliação positiva em sua área de Logística e é qualificada no programa de excelência operacional para Transporte Aéreo e Marítimo.
A Azul não forneceu comentários oficiais sobre a contratação, mas rumores indicam que a companhia estava interessada em absorver a operação em Urucu, cujo contrato de fretamento gira em torno de R$ 50 milhões anuais.
Dificuldades da Voepass
A Voepass enfrenta uma crise após um acidente aéreo em agosto do ano passado e não pode operar voos desde o dia 11 deste mês. Recentemente, a ANAC decidiu manter os slots da companhia nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, que são altamente concorridos.
Entretanto, a agência negou o pedido da companhia para isenção do descumprimento do índice de regularidade nos aeroportos, um dos requisitos para que ela siga operando nos horários estipulados. A Voepass solicitou uma isenção conhecida como waiver, mas a ANAC alegou que essa violação ocorreu devido a problemas internos da companhia.
A recuperação do índice de regularidade será crucial para a manutenção dos slots da Voepass em São Paulo. E a situação adversa pode afetar outros terminais pelo país, agravando ainda mais a condição delicada da empresa.
Com a suspensão cautelar dos voos, há possibilidade de reversão. Atualmente, a Voepass opera com seis aeronaves e sua malha inclui quinze localidades com voos comerciais, além de dois contratos de fretamento, majoritariamente nas regiões internas do país.
A companhia foi colocada sob monitoração da ANAC após o trágico acidente com um modelo ATR 72-500 em Vinhedo (SP), que resultou na morte de 62 pessoas e levou a um rigoroso acompanhamento das operações e manutenção da empresa pela agência. Em outubro, a ANAC exigiu a diminuição de sua malha, o aumento do tempo de solo para manutenção e outras correções em sua administração, após verificar a degradação do sistema de gestão da companhia.
Cerca de 30 mil bilhetes foram afetados pela suspensão de suas operações.
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