SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Boeing, após seis anos enfrentando dificuldades na indústria aeroespacial, começa a vislumbrar uma saída para sua fase crítica. Uma nova gestão interna, aumento nas vendas e apoio militar do governo americano têm contribuído para essa recuperação.
Desde que o 737 Max, o avião com o maior número de pedidos da história, foi proibido de voar em março de 2019 devido a problemas de segurança, a Boeing enfrentou uma série de dificuldades. As ações da empresa atualmente valem menos da metade do que antes da crise.
Os incidentes fatais envolvendo o Max, que resultaram em 346 mortes, foram seguidos por uma série de contratempos, como problemas de qualidade em suas fábricas, atrasos no desenvolvimento de aviões e a necessidade de pacotes emergenciais de apoio à indústria, exacerbada pela pandemia da Covid-19.
Nos últimos anos, a Boeing viu a sua reputação severamente abalada, com dois presidentes deixaram o cargo e um desempenho em entregas que chegou a ser o pior desde os anos 1970. Contudo, em janeiro e fevereiro de 2023, pela primeira vez em muitos anos, a Boeing superou a concorrente Airbus nas entregas, enviando 89 aeronaves contra 65.
Além disso, o CEO financeiro da Boeing, Brian West, relatou recentemente que a situação de fluxo de caixa da empresa está se normalizando. O apoio do presidente Donald Trump, que indicou a Boeing para desenvolver o futuro caça de sexta geração dos EUA, promete injetar pelo menos US$ 20 bilhões na companhia.
A busca por novas aeronaves também se intensificou, com encomendas significativas, como 200 jatos Max da turca Pegasus e 60 aeronaves pela Malaysia. Este impulso reflete uma mudança em curso na Boeing, focada na recuperação de sua imagem e na qualidade da produção.
No entanto, desafios permanecem, especialmente na área militar, onde contratos importantes enfrentam atrasos. O avião de reabastecimento KC-46 está sob inspeção devido a rachaduras em sua fuselagem. A Boeing, reconhecendo a importância destes fatores, permanece atenta às possíveis consequências futuras, incluindo as implicações das tarifas em seus custos.
Apesar das dificuldades, a Boeing possui uma carteira sólida de 6.238 aviões encomendados, representando quase US$ 500 bilhões em receitas potenciais, o que a posiciona como uma líder no setor, embora a disputa com a Airbus continue acirrada.
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