O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu a possibilidade de que tenham ocorrido irregularidades de corrupção no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) durante seu governo, defendendo a importância de investigações sobre descontos ilegais em aposentadorias e pensões.
A declaração foi feita em apoio à instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso, proposta pela oposição no Congresso. Bolsonaro afirmou: “Nós da direita assinamos a CPMI. PT, PSOL, PDT, ninguém assinou a CPMI. Vamos investigar. Não tem como falar em corrupção zero. Pode até buscar, como zero absoluto, [mas] não tem como chegar lá. Agora explodiu [o número de casos] no governo Lula”.
Ao ser questionado sobre possíveis irregularidades anteriores, afirmou ser “possível” que algo tenha ocorrido, mas que investigações são necessárias. “Se por ventura alguém do meu governo fez algo errado, que pague, ponto final”, acrescentou.
A investigação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) sobre fraudes em descontos de aposentadorias do INSS revelou desvios de dinheiro por meio de adesões irregulares de aposentados e falsificação de assinaturas. As apurações, que começaram em 2019, indicam que, entre 2019 e 2024, o total de valores descontados atingir R$ 6,3 bilhões.
O requerimento para a abertura da CPMI foi apresentado com a assinatura de 36 senadores e 223 deputados, superando os mínimos exigidos. Contudo, sua instalação depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Parlamentares da oposição planejam procurar o presidente do Senado em busca de uma leitura do requerimento em sessão do Congresso Nacional, prevista para o dia 27 deste mês.
Os críticos à instalação da comissão apontam que já existem investigações em andamento e que o envolvimento do Congresso poderia complicar processos legais em curso. Além disso, mencionam que as irregularidades podem ter iniciado ainda no governo de Michel Temer, levantando preocupações com implicações mais amplas que podem prejudicar a imagem de vários partidos.
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