O Brasil registrou uma queda de 3% no número de casamentos civis e um aumento de 4,9% nos divórcios em 2023. Com 440,8 mil separações, o país alcançou o maior número de divórcios desde 2009, de acordo com o levantamento Estatísticas do Registro Civil, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No total, foram realizados 940,8 mil casamentos civis no ano passado, o que representa uma diminuição de 29,2 mil em relação a 2022, que teve 970 mil matrimônios. Este é o quarto ano consecutivo em que o número de casamentos fica abaixo de 1 milhão. Apenas em 2021 o número foi menor, impactado pelas restrições da pandemia.
A pesquisadora do IBGE, Klivia Brayner de Oliveira, comentou: “As pessoas não estão priorizando o casamento civil. Não é mais uma exigência das famílias, da sociedade. A pessoa tem mais liberdade, se quer se casar ou se quer ter uma união estável”.
Klivia ainda destacou que o custo de um casamento pode influenciar essa decisão: “O casamento é acompanhado de despesas, e as pessoas às vezes não querem assumi-las. Isso reflete mudanças sociais que estamos observando.”.
Aumento nos divórcios em 2023
O número de divórcios teve um acréscimo de 20,8 mil separações em relação a 2022, totalizando 440,8 mil. Este dado considera tanto divórcios judiciais como extrajudiciais. Klivia explicou que fatores legais e culturais estão por trás desse crescimento: “A legislação acompanhou a própria sociedade, as pessoas estão menos presas a questões sociais. Hoje, se uma pessoa quer se divorciar, se divorcia”.
O tempo médio entre o casamento e o divórcio caiu de 15,9 anos em 2010 para 13,8 anos em 2023.
Crescimento dos casamentos homoafetivos
Apesar da queda geral no número de casamentos, as uniões entre pessoas do mesmo sexo aumentaram 1,6% em 2023, totalizando 11,2 mil casamentos, o maior número desde que o IBGE começou a registrar esses dados em 2013.
Idade dos cônjuges aumentou
Outro dado importante é o envelhecimento dos cônjuges: em 2003, apenas 8,2% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais, enquanto em 2023 esse percentual subiu para 25,1%. Entre os homens, o aumento foi de 13% para 31,3%.
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