A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que denomina Sala Miguel Arraes a sala de reunião do Colégio de Líderes da Câmara. A medida está contida na proposta de resolução 27/25, da deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE), que foi aprovada em Plenário nesta quarta-feira (25) e promulgada como Resolução 20/25.
“Miguel Arraes de Alencar [1916-2005] tem sua trajetória de vida amplamente reconhecida nacionalmente. Ele foi governador de Pernambuco por três vezes e prefeito do Recife, além de ter exercido mandatos como deputado federal e estadual”, ressaltou a autora da proposta.
O projeto foi relatado pelo deputado Pedro Campos (PSB-PE), que relembrou a luta de Arraes no Nordeste durante a ditadura militar, período em que foi preso e exilado por se recusar a renunciar à sua posição como governador.
“Mesmo afastado, ele continuou a lutar pela redemocratização do país, e seus mandatos foram pautados por ações concretas em prol do povo. Portanto, esta homenagem é uma forma justa de preservar a memória de alguém que tanto contribuiu para a democracia e desenvolvimento social do Brasil”, afirmou.
Vale destacar que Arraes era avô tanto do relator quanto da autora da proposta.
Críticas à Homenagem
Por outro lado, a deputada Bia Kicis (PL-DF) expressou desapontamento com a nomeação da sala, alegando que o espaço deveria refletir a pluralidade de ideologias e não favorecer uma em particular.
A deputada Chris Tonietto (PL-RJ) também endossou a ideia de que o espaço deveria respeitar a diversidade de pensamentos.
Em resposta às críticas, Maria Arraes enfatizou que Miguel Arraes não pode ser resumido a uma ideologia específica. “Ele está inscrito no Livro de Heróis da Pátria por seu trabalho na história do Brasil e por implementar projetos populares que continuam a inspirar, como Luz para Todos e Farmácia Popular”, concluiu.
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