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Cantora de Ipatinga ressalta importância da valorização do funk

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12 de julho, de 2024 | 08:30

Cantora de Ipatinga ressalta importância da valorização do funk

Arquivo pessoal
Andressa tem 24 anos e leva o estilo musical para todo o Vale do Aço Andressa tem 24 anos e leva o estilo musical para todo o Vale do Aço

Por Isabelly Quintão – Repórter Diário do Aço
O dia 12 de julho pode ser marcado para celebrar o Dia Nacional do Funk de forma anual. O motivo é que, no início deste mês, a Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou a criação desta comemoração. Diante dos fatos, o projeto que homenageia o gênero musical pode seguir para sanção presidencial, virando lei.

A ipatinguense Andressa Farias, de 24 anos, moradora do bairro Limoeiro, em Ipatinga, de nome artístico “MC Preta Lua”, leva esse estilo de música para todo o Vale do Aço. Em entrevista à reportagem do Diário do Aço, ela destaca a importância da valorização do funk. “Antes de fazer funk, eu já fazia rap. Os dois estilos são manifestações culturais que dão voz a nós, favelados. É uma oportunidade de mostrarmos nosso lado artístico de uma maneira muito mais aberta, falando da nossa realidade, sobre o que passamos e o que almejamos conquistar”, pontua.

“É um gênero musical incrível que salva vidas e tem uma riqueza histórica muito bacana. Surgiu da combinação de vários ritmos negros populares, como o blues, gospel, jazz e soul, que faziam sucesso nos Estados Unidos. A palavra era usada pelos músicos de jazz como uma forma de pedir aos colegas de banda mais ‘força’ ao ritmo. E é sinônimo de liberdade até hoje”, enfatiza a cantora.

Identificação e apoio
Ela também destaca que, durante sua trajetória artística, os momentos mais tocantes são aqueles em que ela consegue notar a representatividade. “Desde que iniciei no funk, o mais inesquecível é a identificação de outras mulheres e mulheres pretas que se sentem representadas. E dos meus vizinhos, de identificarem a minha pessoa como uma voz ativa, representante daquele local”, afirma.

A MC ressalta que a manifestação cultural ainda é censurada, o que acaba prejudicando a geração de novas oportunidades para quem quer seguir carreira ou até mesmo evoluir. “Esse gênero é uma missão de resgate, que dá uma segunda chance a muitas vidas, mas ainda é muito prejudicado por tanto preconceito. Seria importante a galera receber recursos para ensinar, como oficinas de DJ e oficinas de MC. Ou uma rede de apoio de eventos culturais periféricos para atender as manifestações da periferia”.

Andressa Farias ainda complementa que o funk vai além do lazer. “Ele realmente é uma ponte para coisas melhores na vida de muita gente. Por esse motivo, tem que ser mais valorizado”, conclui.

O trabalho de MC Preta Lua pode ser acompanhado por meio de seu Instagram @preta_lua_.

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Confira a matéria completa em: www.diariodoaco.com.br

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