JAGUARAÇU – Nesta quinta-feira (15) uma dona de casa da cidade de Jaguaraçu (MG), moradora de uma comunidade rural, foi picada por uma cobra cascavel. Conforme relato de uma parente, que preferiu não ser identificada, a cobra de aproximadamente um metro estava escondida debaixo da máquina de lavar. Ao aproximar-se, a dona de casa foi picada na ponta de um dos dedos do pé.
Socorrida para o Hospital Therezinha de Jesus, Hospital de Timóteo, conta a parente, o hospital não tinha o soro antiofídico. Foi necessário buscar o soro na cidade vizinha de Coronel Fabriciano. Ou seja, a paciente que foi picada há cerca de 30 km de Timóteo, precisou esperar ainda mais, porque o hospital que é uma “Unidade de Soroterapia” do Estado de Minas Gerais desde 2018, não tinha o soro para ser aplicado imediatamente.
O JBN pediu esclarecimento sobre o assunto ao Hospital Therezinha de Jesus, Hospital de Timóteo, mas até o fechamento desta edição não houve manifestação. De igual maneira, foi solicitado também pedido de informação junto a Secretaria Estadual de Saúde quanto ao sistema de distribuição do soro para as Unidades de Soroterapia, mas, não houve manifestação até o fechamento da edição.
Em caso de acidente
Os acidentes com animais peçonhentos podem levar à morte, caso a pessoa não seja socorrida e tratada adequadamente. Em caso de acidente, é preciso procurar atendimento médico e evitar soluções caseiras como amarrar o local ou fazer torniquete no membro acometido, aplicar qualquer tipo de substância no local da picada ou “chupar o veneno”, essas ações apenas aumentam as chances de infecção local.
Adebal Andrade Filho, médico coordenador do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (FHEMIG), explica que, em caso de acidentes com animais peçonhentos, a pessoa deve procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou um Hospital de Urgência imediatamente para ser avaliado.
“O tratamento e o fluxo de atendimento dependem do tipo de animal peçonhento que picou a pessoa, por isso é necessário uma avaliação médica. Por isso, é sempre importante informar ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;”, explicou.
No estado, os soros são solicitados pela SES-MG ao Ministério da Saúde e depois distribuídos às Regionais de Saúde do estado, que encaminham o quantitativo adequado de forma estratégia aos serviços de saúde.
Somente em 2018, foram realizados 1.832 atendimentos devido a acidentes causados por escorpião e 586 por cobra. Em Minas existem 245 Unidades de Soroterapia em Minas. Clique aqui e confira as unidades de soroterapia no estado.
Compartilhe em suas redes sociais
Confira a matéria completa em: www.jornalbairrosnet.com.br