Pequim se prepara para implementar contramedidas em resposta às tarifas adicionais de 10% que os Estados Unidos anunciaram sobre produtos chineses, conforme noticiado pelo jornal Global Times. As medidas que estão sendo formuladas incluem tarifas e uma variedade de ações não tarifárias com potencial impacto significativo.
De acordo com uma fonte não identificada do jornal, os produtos agrícolas e alimentícios dos EUA estão entre os mais afetados.
Se as tarifas unilaterais se concretizarem, a retaliação da China será inevitável, conforme afirmado por uma autoridade entrevistada pelo Global Times.
Logo após a nova ameaça por parte do presidente Trump, os porta-vozes dos ministérios chineses do Comércio e do Exterior emitiram declarações, embora sem fornecer detalhes das sanções.
Ambos questionaram as justificativas de Trump sobre a alegação de que a China não faz o suficiente para controlar a entrada de fentanil nos EUA.
“Culpar outros países não resolverá os problemas internos dos EUA”, afirmou o porta-voz do Comércio.
O Brasil, como importante concorrente na exportação de commodities agrícolas para a China, pode se beneficiar caso a retaliação da China se confirme. O agronegócio brasileiro está atento às movimentações do mercado desde a eleição de Trump, em novembro, se preparando para possíveis mudanças em sua cota.
O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, comentou: “Quanto mais [Trump] exagerar, mais oportunidades eu enxergo para o Brasil”. A senadora Tereza Cristina também reforçou que as tarifas propostas por Trump podem abrir portas para negociações e acordos favoráveis.
Após uma conversa entre Trump e o líder chinês Xi Jinping, Trump declarou em janeiro que poderia chegar a um acordo comercial com a China, enquanto Pequim demonstrou disposição para negociar, afirmando que deseja incrementar as importações dos EUA.
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