O presidente do Pumas, Raúl González Pérez, falou pela primeira vez de forma pública sobre o processo no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) que a equipe mexicana move contra o ex-jogador Daniel Alves. O clube alega violação de cláusulas comportamentais do brasileiro e solicita uma indenização de US$ 5 milhões (cerca de R$ 30 milhões na cotação atual).
“Estamos na fase de avaliação. Ainda não há uma resolução, mas estamos confiantes de que a justiça será feita”, disse González.
“É do nosso interesse que isso seja resolvido rapidamente, mas sabemos que pode levar vários meses. O mais importante é que o devido processo legal seja respeitado”, acrescentou o presidente do Pumas.
Dos 1.030 jogos da carreira profissional de Daniel Alves, 13 foram pelo Pumas – sem gol marcado e com quatro assistências concedidas. O ex-lateral chegou sem custos ao futebol mexicano após o fim de contrato com o Barcelona, clube o qual fez história, em julho de 2022.
Sua última partida profissional aconteceu no dia 8 de janeiro de 2023, na vitória por 2 a 1 sobre o Juarez na Liga Mexicana. O brasileiro esteve em campo por 45 minutos e participou diretamente de um dos gols da equipe, com uma assistência.
O contrato do Pumas com Daniel Alves foi rompido quando o brasileiro foi preso preventivamente na Espanha, em janeiro de 2023.
Daniel Alves vai processar o Pumas
Daniel Alves planeja processar o Pumas, do México, por danos morais e demissão sem justa causa. A defesa do ex-lateral argumenta que a rescisão contratual foi injusta e que o jogador sofreu exposição pública, agravando os danos morais. Ele busca reparação tanto na esfera civil, para compensar prejuízos financeiros, quanto na penal, por difamação. O brasileiro destaca, ainda, que a situação afetou não apenas sua carreira profissional, mas também sua imagem pessoal e bem-estar emocional.
Absolvição de Daniel Alves
O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha absolveu o ex-jogador brasileiro da condenação por agressão sexual no último dia 28. Anteriormente, Alves estava sentenciado a quatro anos e meio de prisão pela suposta agressão ocorrida em dezembro de 2022, em uma boate de Barcelona. A decisão de absolvição foi unânime entre os magistrados, que consideraram o testemunho da acusadora insuficiente para sustentar a condenação, enfatizando a presunção de inocência do réu.
A decisão que anulou a condenação do brasileiro foi proferida pelo Pleno do Tribunal de Apelações, composto pelas juízas María Àngels Vivas (presidente), Roser Bach e María Jesús Manzano, além do juiz Manuel Álvarez. O colegiado apontou inconsistências e contradições na sentença de primeira instância, questionando a fundamentação jurídica do caso.
A absolvição de Daniel Alves, no entanto, não significa o fim do caso no âmbito judicial. O processo ainda irá à última instância no Tribunal Supremo da Espanha, a Corte mais alta da Justiça espanhola — e que teria a última palavra sobre uma condenação ou absolvição definitiva.
Com informações da Jogada10
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