Os “coiotes” atuavam em Goiás há, pelo menos, 20 anos
Na última quinta-feira (06), a Polícia Federal realizou a operação Dark Route e cumpriu mandados de prisão em Goiânia. O nome dos investigados segue em segredo, mas a PF afirma que grupo atuava na região há 20 anos com travessias ilegais para os EUA.
Além disso, o grupo também é responsável por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
De acordo com o delegado Charles Lemes, encarregado do caso, vários brasileiros, interessados em emigrar ilegalmente para os EUA, procuravam agências vinculadas aos “coiotes”.
Este grupo cobrava até R$ 100 mil para realizar a travessia ilegal e já movimentaram R$ 59 milhões com a migração. A PF afirma que chegou nos suspeitos após denúncias anônimas e com a deportação de 448 brasileiros.
O delegado destacou, ainda, que essas pessoas são vítimas. Uma vez que eram extorquidas em busca de uma vida melhor, em outro país, sem a certeza do sucesso.
“Essa organização se vale do desespero de famílias que buscam uma vida melhor em outros países desconhecidos e sem qualquer certeza de sucesso. Elas usam todo o dinheiro que têm, são coagidas a pagar e submetidas a intensos sofrimentos durante a travessia, que pode não ter sucesso”, destacou.
Dessa forma, a PF prendeu dois suspeitos de serem os líderes da organização. Além disso, realizaram a inclusão do nome de outro brasileiro suspeito de atuar como “coiote” na lista da Interpol.
Para Charles, este grupo apreendido é um dos maiores do Brasil, já que atuam no país todo há mais de 20 anos. Assim, a PF também investigará as agências que atuam com os “coiotes”.
Foto destaque: Reprodução/John Moore
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