BRASÍLIA — Fundado em 1980 e alçado à presidência em cinco eleições, o Partido dos Trabalhadores é dono de um amargo tabu no segundo maior colégio eleitoral do país: o PT nunca elegeu um senador por Minas Gerais.
Vice-líder do governo Lula na Câmara em seu sexto mandato como deputado federal, Reginaldo não esconde a intenção de migrar para um gabinete no Senado. O petista desejava ter concorrido às últimas duas eleições, mas recuou a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 2018, ele cedeu espaço à candidatura de Dilma Rousseff (PT). Contrariando as pesquisas eleitorais, ela saiu derrotada do pleito que elegeu Rodrigo Pacheco, à época no DEM, e Carlos Viana, pelo PHS.
As costuras partidárias para indicar os candidatos ao Senado estão em estágio inicial, e as definições começarão a sair somente a partir de agosto. As indicações dependem diretamente das alianças que os partidos construirão para as eleições de 2026, que definirão também presidente da República, governadores e deputados estaduais e federais.
O cálculo político do PT para Minas Gerais prevê a composição de uma chapa ampla com partidos posicionados mais ao centro. Uma das vias sugere que o PT indique um nome próprio, que nesse caso poderia ser Reginaldo Lopes, e apoiaria um político do Centrão para a segunda vaga no Senado.
Reginaldo ganhou holofote entre as bancadas do Congresso Nacional com a participação em projetos de relevância nacional. Em 2024, ele relatou a regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, que terá continuidade neste ano.
Nos próximos meses, o deputado ainda deve ser designado relator do Projeto de Lei (PL) que cria um marco regulatório para a Inteligência Artificial (IA) no país. Nos bastidores, a avaliação é que o deputado só se colocará na disputa pelo Senado se for para ganhar.
O cenário político em Minas Gerais e o protagonismo dos mineiros na Câmara dos Deputados e na Esplanada dos Ministérios têm fortalecido algumas figuras, que despontam como as principais opções de seus partidos para o Senado Federal em 2026.
A maioria dos políticos admite o desejo de disputar a eleição, mas, deixa para os partidos a decisão final. Hoje, os nomes cotados para concorrer à eleição para o Senado por Minas Gerais são:
- Aécio Neves (PSDB), deputado federal;
- Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Energia;
- Carlos Viana (Podemos), senador;
- Domingos Sávio (PL), deputado federal e presidente do partido em MG;
- Eros Biondini (PL), deputado federal;
- Euclydes Pettersen (Republicanos), deputado federal e presidente do partido em MG;
- Marcelo Aro (PP), secretário de Governo de Romeu Zema;
- Paulo Abi-Ackel (PSDB), deputado federal e presidente do partido em MG;
- Reginaldo Lopes (PT), deputado federal e vice-líder do governo Lula na Câmara.
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