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Com atendimento acessível e humanizado, AMORSaúde chega a Coronel Fabriciano para ampliar o acesso à saúde

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BRASÍLIA – A falta de definição do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sobre seu futuro político tem gerado preocupação entre aliados. Recentemente, ele recusou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrar a Esplanada dos Ministérios e não demonstra entusiasmo com a possibilidade de disputar o governo de Minas Gerais em 2026.

Em meio a isso, aliados tentam convencer Pacheco de que ele é uma das principais lideranças políticas de Minas e do país, especialmente por ter deixado em fevereiro a presidência do Senado. Argumentam ainda que o senador precisa aproveitar esse protagonismo para não cair em segundo plano no cenário político e chegar enfraquecido à próxima eleição.

Até o início deste ano era dado como certo de que Pacheco faria parte do governo de Lula após deixar o comando do Senado, principalmente pensando em ser o candidato do petista no pleito para o governo do Estado em 2026. Contudo, após retornar de férias e buscar o presidente para discutir seu futuro político, os interesses de ambos divergiram.

Para virar ministro, Pacheco tinha duas preferências: Justiça e Segurança Pública, hoje com Ricardo Lewandowski, ou Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que está nas mãos do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Em janeiro havia conversas de que teriam mudanças nessas pastas para reforma ministerial, até de um cansaço de Lewandowski.

Mas em dois meses o cenário político mudou e Lula recuou. Ofereceu então ao senador o Ministério de Ciência e Tecnologia, hoje chefiado por Luciana Santos. A opção não agradou ao ex-presidente do Senado, que decidiu se manter no mandato. Há quem justifique esse desencontro pela demora do Pacheco em definir o que quer no campo político.

É justamente essa característica de cautela extrema do político que preocupa pessoas próximas a ele. A avaliação é de que a morosidade em tomar um veredito pode complicar os planos políticos desse grupo no Estado que conta hoje com apoio do presidente Lula e, por isso, poderia dar mais visibilidade para uma corrida eleitoral no Estado.

Um interlocutor conta que o desejo número um do senador sempre foi virar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, a menos que um ministro solicite afastamento antes de completar 75 anos, a próxima vaga só se abrirá em 2028, quando Luiz Fux atingirá a idade de aposentadoria compulsória.

A indicação também dependerá do desejo do presidente da República que estará em exercício. A possibilidade de assumir como ministro em outros tribunais superiores é descartada neste momento pelo senador mineiro. Com tantas variáveis em aberto, o ex-presidente do Senado avalia as cartas que estão na mesa.

Entre elas estão: tentar a reeleição no Senado ou o governo de Minas. Nos bastidores tem sido dito que para essa última opção pesará para Pacheco quem vai concorrer ao pleito porque “não quer entrar para perder”. Hoje como concorrentes ele teria Mateus Simões, vice-governador (Novo), e é ventilado também o nome do senador Cleitinho (Republicanos).

Além disso, Pacheco avalia o tipo de campanha que teria que enfrentar em uma corrida ao governo de Minas, ponderando se seria marcada por ataques pessoais que vão para o campo pessoal. Segundo uma pessoa próxima a ele, esse tipo de confronto intenso não é algo que agrada ao senador neste momento.

Vale lembrar que, em fevereiro deste ano, ao deixar a presidência do Senado e ser questionado sobre seu futuro político, o senador Rodrigo Pacheco afirmou que sempre teve o sonho de ser governador de Minas Gerais. Contudo, como é de praxe, ponderou sobre o destino em seguida.

“Olha, quem diz que está na política e não tem o sonho de governar o seu próprio Estado não está falando a verdade, né? Óbvio que isso é um desejo, é só um sonho de qualquer político governar o seu Estado e, evidentemente, é um sonho que eu sempre tive de ser governador do meu Estado”.

Indefinição também atrapalha outros partidos

Enquanto essa indefinição persiste, aliados políticos têm se revezado em conversas com o mineiro para convencê-lo a entrar na campanha eleitoral. Os mais otimistas esperam que ele tome uma decisão dentro de 30 dias, uma vez que outras alianças políticas também dependem dessa resposta.

A principal preocupação do grupo é a ausência de outro nome que represente a centro-esquerda com o apoio do presidente Lula para disputar a vaga de Romeu Zema (Novo). Sem Pacheco, outro nome teria que ser construído do zero. Um dos nomes lembrados é da prefeita de Contagem, Marília Campos (PT).

Com o vácuo, nos bastidores, o nome do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), também vem sendo cotado para disputar o governo de Minas. “Ele está fazendo campanha, não se sabe para qual cargo, Senado ou governo. Está à espera de Pacheco”, observou um interlocutor.

A indefinição de Pacheco também afeta as articulações dos partidos do campo progressista para o pleito de 2026 em Minas. Diversas legendas aguardam alguma sinalização sobre ser ou não candidato ao governo do Estado para iniciar as articulações de vice e montagem de chapa ao Senado.

A ausência de Pacheco nos eventos de Lula em Minas Gerais também acendeu um alerta entre seus aliados. “É estranho uma pessoa que pretende disputar uma eleição já não começar uma campanha com o presidente no Estado. Ele não quer concorrer para perder”, avaliou um aliado de forma reservada.

Troca de partido

Outra mudança especulada nos bastidores é a possível troca de partido pelo senador Rodrigo Pacheco. A proximidade do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, além das críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), podem levar o mineiro a deixar a legenda.

Convites para a mudança de partido não faltam, sendo o mais relevante o do União Brasil. Nesse cenário, Pacheco voltaria a ser colega de partido de um de seus principais aliados, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP). Pesa também o fato de que há uma divisão no PSD no Estado.

A boa relação de Pacheco com o União Brasil não é de hoje. Ele foi o responsável a convencer o grupo político a aceitar Álvaro Damião (União Brasil) como vice na chapa vitoriosa de Fuad Noman (PSD) à Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições de 2024. Hoje, Álvaro é prefeito em exercício da capital mineira diante do afastamento médico de Fuad.

Em entrevista ao Estadão, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), confirmou o convite do União Brasil – as duas siglas estão em negociações para formar uma federação. Ciro Nogueira também afirmou ao jornal paulista que Pacheco teria liberdade para apoiar Lula em Minas Gerais nas eleições de 2026. Outra possibilidade considerada por aliados de Pacheco é o retorno do senador ao MDB, seu primeiro partido.

Confira a matéria completa em: zug.net.br

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