BRASÍLIA – O governo dos Estados Unidos oferece uma recompensa de até US$ 10 milhões (cerca de R$ 57 milhões na cotação atual) para quem fornecer informações sobre a atuação do Hezbollah na fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai.
O grupo é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos. Ele atua como um partido político armado ligado à comunidade xiita no Líbano sob o pretexto de combater a ação de Israel na região.
Com a oferta de recompensa, os EUA visam atingir principalmente o braço financeiro do Hezbollah na região da tríplice fronteira. Segundo os norte-americanos, as recompensas podem ser pagas por informações que resultem na identificação e neutralização de:
- Fontes de receita do Hezbollah ou de seus principais canais de facilitação financeira;
- Doadores ou facilitadores financeiros da organização;
Instituições financeiras ou casas de câmbio que facilitem transações do Hezbollah; - Empresas ou investimentos pertencentes ou controlados pela organização ou seus facilitadores financeiros;
- Empresas de fachada envolvidas na aquisição internacional de tecnologia de dupla utilização em nome do Hezbollah; e
- Esquemas criminosos que envolvam membros ou apoiadores e que beneficiem financeiramente a organização.
De acordo com o Departamento de Estado, as denúncias podem ser feitas em sigilo pelos canais de atendimento do governo americano.
Desde 1984, o Rewards for Justice pagou mais de US$ 250 milhões a mais de 125 pessoas cujas informações ajudaram a neutralizar ameaças à segurança nacional dos EUA.
“Nessa região, financiadores e facilitadores do Hezbollah arrecadam recursos para a organização terrorista por meio de lavagem de dinheiro; tráfico de entorpecentes; contrabando de carvão e petróleo; comércio ilegal de diamantes; contrabando de itens como dinheiro em espécie, cigarros e produtos de luxo; falsificação de documentos; e falsificação de dólares americanos”, diz comunicado da Embaixada dos EUA.
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil não foi informado oficialmente da iniciativa, que ocorreu no dia em que o almirante Alvin Holsey, chefe do SouthCom, o comando Sul das Forças Armadas dos EUA, desembarcou em Brasília para uma visita de três dias.
A agenda de Holsey prevê encontros com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, e com os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
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