O coronel do Exército Waldo Manuel de Oliveira Aires depôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (23), afirmando que os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 surpreenderam a todos, incluindo o ex-ministro Walter Braga Netto. “Jamais se esperava que uma manifestação conservadora terminasse da forma como terminou”, comentou o coronel, chamado a depor como testemunha de defesa de Braga Netto.
Braga Netto, que liderou os Ministérios da Defesa e da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, é acusado de estar envolvido em um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. Jair Bolsonaro é réu no mesmo processo.
O coronel esclareceu que Braga Netto não teve qualquer participação ou conhecimento prévio dos atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro, ressaltando que, no momento da invasão, ambos estavam na cidade do Rio de Janeiro, jogando futevôlei em Copacabana.
Durante a mesma audiência, o delegado Carlos Afonso Coelho também prestou depoimento em defesa do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Alexandre Ramagem, que é outro réu no caso.
Outras personalidades importantes devem prestar depoimento na mesma data, incluindo o general e senador Hamilton Mourão, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e militares associados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
As audiências, que começaram na última segunda-feira (20), já ouviram autoridades chamadas pela Procuradoria-Geral da República, como o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior. Ambos afirmaram que Jair Bolsonaro participou de articulações para tentar permanecer no poder após sua derrota nas urnas.
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