A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pela Câmara Municipal de Timóteo, com o objetivo de investigar irregularidades na gestão do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), avançou em mais uma etapa nesta segunda-feira (2). A 5ª oitiva contou com a presença da subsecretária de Gestão Administrativa em Saúde, Renata Bernardes, da gerente hospitalar Lidiane, da integrante da Comissão de Acompanhamento do contrato PG nº 138/2024, Kamila Severgnini, e do ex-secretário de Saúde, Eduardo Morais.
Durante sua exposição, Renata Bernardes destacou o cenário preocupante vivido nos três primeiros meses de operação do HMTJ. A gestão atual enfrentou dificuldades para efetivar o faturamento mensal, um processo essencial para a manutenção financeira da instituição. Segundo ela, a dificuldade não se deu por morosidade burocrática, mas pela falta de capacitação técnica da equipe envolvida. “Eu não acho que foi nem uma morosidade, foi falta de conhecimento mesmo. As pessoas que trabalhavam lá não conseguiam realizar o faturamento. Diversos problemas técnicos”, afirmou.
Essa declaração ressalta um ponto crítico na gestão: a aparente negligência na transição e capacitação dos profissionais que assumiram funções técnicas no hospital.
A gerente hospitalar Lidiane compareceu ao plenário, mas não pôde participar da oitiva devido a estar com seus gêmeos no colo. O presidente da comissão, vereador Adriano Alvarenga, fez a gentileza de permitir que ela respondesse às perguntas por e-mail posteriormente.
O ex-secretário de Saúde, Eduardo Morais, fez sua contribuição à CPI na parte da tarde, porém, limitou-se a afirmar que não acompanhou a operacionalização do contrato em questão, uma vez que já havia assumido outra função no Executivo e posteriormente se afastado para concorrer nas eleições de 2024.
Os depoimentos indicam que a CPI está se aproximando de um ponto sensível: a fragilidade estrutural e administrativa no início do contrato com o HMTJ. As próximas oitivas, incluindo a convocação dos representantes do hospital, agendada para segunda-feira (9), deverão ser fundamentais para elucidar a extensão dos problemas e responsabilidades.
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