A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na gestão do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), localizado em Timóteo, precisou adiar o sexto interrogatório. A audiência estava agendada para esta segunda-feira, dia 9 de junho, onde se esperava ouvir Benedito Jandiroba, diretor financeiro, e Rafael Campello, gerente administrativo da instituição.
De acordo com o comunicado enviado pelos gestores, ambos não poderiam comparecer devido a compromissos previamente agendados. Eles foram reconvocados para prestar depoimento no próximo dia 17 de junho, na Câmara Municipal.
A CPI do HMTJ se concentra na análise da transparência na aplicação de recursos públicos, contratos de gestão e várias denúncias acerca da qualidade dos serviços oferecidos. Os depoimentos de Jandiroba e Campello são considerados cruciais para o progresso das investigações, principalmente devido a suas posições na estrutura organizacional do hospital.
Durantea próxima audiência, é esperado que os questionamentos foquem na análise de documentos financeiros, repasses públicos e as práticas administrativas do HMTJ nos últimos anos.
O presidente da Câmara de Timóteo, Adriano Alvarenga, expressou por meio de suas redes sociais que os convocados estão evitando o interrogatório. Ele ressaltou que a casa legislativa tomará todas as providências necessárias para assegurar que as formalidades da CPI sejam cumpridas, incluindo a possibilidade de condução coercitiva dos convocados.
Entenda o Caso
A CPI foi instaurada em março de 2025 com a missão de investigar potenciais irregularidades na gestão do HMTJ, após a assinatura de um contrato com o objetivo de assumir os serviços do Hospital de Timóteo.
Até o momento, os depoimentos revelaram falhas significativas, tais como atrasos e erros na transmissão das informações ao setor de faturamento, entregas de serviços acima do estipulado em contrato, e a ausência de uma comissão fiscalizadora, tanto pela Prefeitura de Timóteo quanto pelo HMTJ.
A direção do HMTJ alega possuir débitos a receber do município que ultrapassam R$ 11 milhões, referentes a serviços realizados no segundo semestre de 2024. A CPI já ouviu diversos profissionais envolvidos, como ex-secretários de Saúde e gestores hospitalares. Um dos depoimentos mais relevantes foi o do ex-secretário Eduardo Morais, que, no dia 2 de junho, comentou sobre os critérios de contratação e aduziu que nenhum pagamento deveria ser efetivado sem a devida prestação de contas.
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