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Denúncia: criança autista pode ter sido agredida em escola de Coronel Fabriciano

Denúncia: criança autista pode ter sido agredida em escola de Coronel Fabriciano

Confira a matéria completa em: vox97.com.br

A Reportagem VOX recebeu a denúncia de uma suposta agressão contra um aluno autista matriculado na Rede Municipal de Ensino de Coronel Fabriciano. A criança tem 3 anos e as agressões teriam partido da própria professora, no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Espaço da Infância, no bairro Silvio Pereira I.
A mãe do menino, Larissa Magalhães Monteiro, de 27 anos, contou à Reportagem dos canais VOX que, no dia 5 de maio, a direção da própria escola do filho ligou e pediu que ela fosse até a instituição de ensino para uma reunião. “A diretora disse que recebeu uma denúncia anônima sobre uma criança que estava sendo maltratada pela professora e que a tal criança seria o meu filho. A denúncia foi bem clara. A pessoa disse que era uma criança autista, que não falava, e ainda informou o nome do transporte que o meu filho utiliza para ir à escola”, afirmou.
Na reunião, segundo a mãe, a diretora também teria informado que o caso já estava sendo apurado pela escola, e que o Conselho Tutelar já tinha, inclusive, conversado com a professora acusada e, igualmente, com outros profissionais.
 
Denúncia anônima
Além da escola, posteriormente, uma outra pessoa denunciante entrou em contato com a mãe, o pai e também com o responsável pelo transporte escolar do menino autista.
Todas as ligações foram feitas por um número desconhecido. A pessoa assegurou que a criança estava sofrendo maus tratos e que houve um episódio em que a professora teria arrastado o menino do parquinho até a sala de aula.
 
Retorno da mãe ao CMEI
Na semana seguinte, Larissa disse que voltou à escola sem avisar e conversou com a professora.
“Eu estava muito nervosa e chorei muito. Notei então que o meu filho estava regredindo e eu não sabia o motivo. Tudo começou a fazer sentido após as denúncias. Conversei com a professora na escola, ela disse que o meu filho era agressivo, sendo que ele não o é. Perguntei para ela sobre o episódio do parquinho, ela não negou e disse que chamava o meu filho para voltar para a sala de aula, mas que ele não quis acompanhá-la e, nesse momento, ela então o pegou pela camisa”,
contou a mãe.
 
Regressão comportamental
À Reportagem VOX, Larissa reiterou que seu filho regrediu bastante devido às supostas agressões. “Ele (filho) está com medo de tudo, estava sendo desfraldado e, agora, ele voltou a fazer suas necessidades fisiológicas na roupa, não fala mais as palavras que aprendeu e está inseguro com as pessoas, até mesmo com os familiares”, frisou.
 
Câmeras na escola
A Reportagem dos canais VOX foi informada de que há câmeras de segurança nas áreas de uso coletivo do CMEI do Silvio Pereira I, e, segundo a mãe, ela ouviu da direção da unidade escolar que esses equipamentos (câmeras) teriam ficado sem gravar as imagens por alguns dias.
“A diretora me falou que as câmeras não estavam gravando. Na outra semana, voltei à escola e a diretora estava de atestado, mas a outra pessoa que me atendeu disse que as câmeras não param de gravar. Cada um fala uma coisa”, questionou a mãe da criança autista, que revelou ainda não ter sido procurada pela Administração Municipal, de quem, segundo ela, não recebeu apoio algum até o momento.
 
Relato
A presidente da Organização de Pais e Amigos dos Autistas de Coronel Fabriciano, Déborah Helena, disse à Reportagem VOX que esse tipo de denúncia é comum na cidade, mas que a maioria não é divulgada.
“Muitos casos são abafados e as mães não levam a público. Algumas mães até adoecem. A Organização de Pais e Amigos dos Autistas de Coronel Fabriciano já recebeu denúncias de agressões dessa mesma professora para com crianças autistas, mas, até hoje, nenhuma providência foi tomada”, relatou.
 
PMCF foi procurada pelos canais VOX
A VOX solicitou uma entrevista com um representante da Prefeitura de Coronel Fabriciano (PMCF) sobre a denúncia de suposta agressão ao menino autista no CMEI do Silvio Pereira I, mas o Munícipio optou pelo pronunciamento por meio de nota oficial.
“A Prefeitura de Coronel Fabriciano, por meio da Secretaria de Governança Educacional e Cultura, informa que abriu procedimento administrativo para apurar a denúncia.
A servidora citada está em licença médica e será afastada das funções até que se conclua a investigação, dando a ela pleno direito de defesa.
Sobre o sistema de monitoramento por imagens, a Secretaria esclarece que foi solicitado laudo técnico à empresa responsável pelo monitoramento”,
segundo a nota da PMCF.
 
CMEI
A Escola onde a criança autista supostamente agredida está matriculada também emitiu uma nota, em suas redes sociais, nas últimas horas.
“O CMEI Espaço da Infância informa que as denúncias anônimas sobre suposta agressão ocorrida no CMEI estão sendo averiguadas pela direção, Secretaria de Governança Educacional e Cultura (SGEDC) e o Conselho Tutelar. Já foram feitas visitas in loco por esses órgãos para colher depoimentos e averiguar os fatos. O Conselho Tutelar já tomou as medidas protetivas competentes ao órgão, a direção do CMEI se posicionou dentro de suas competências e a SGEDC tem acompanhado o caso de perto, e as devidas providências estão sendo tramitadas. Saliento que não compactuamos com tais ações. Prezamos por uma educação de qualidade e pautada no respeito”,
pontuou a nota do CMEI Espaço da Infância.

Confira a matéria completa em: vox97.com.br

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