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Dólar cai a R$ 6,04 sob impacto de dados de inflação nos EUA e posse de Trump à vista

Dólar cai a R$ 6,04 sob impacto de dados de inflação nos EUA e posse de Trump à vista

O dólar encerrou a sessão desta terça-feira (14) com queda de 0,85%, cotado a R$ 6,045, com dados de inflação dos Estados Unidos e o retorno do presidente eleito Donald Trump à Casa Branca, que ocorrerá na próxima segunda-feira (20).

Já a Bolsa fechou com alta de 0,24%, aos 119.298 pontos, com o apoio das ações da Vale e do banco Bradesco. O Ibovespa trocou de sinal algumas vezes durante o pregão. Pela manhã abriu em alta, inverteu movimento e caiu. No início da tarde, passou a rondar a estabilidade e terminou em alta.

As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) fecharam a terça-feira novamente em baixa firme. O DI para julho de 2025 -um dos mais líquidos no curto prazo- estava em 13,99%, ante o ajuste de 13,999% da sessão anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2026 marcava 14,895%, ante o ajuste de 14,945%.

O movimento de baixa do dólar foi puxado pelo exterior, após dados de inflação ao produtor abaixo do esperado nos Estados Unidos, divulgados pelo Departamento do Trabalho americano. Investidores também aguardam a divulgação do CPI, o índice de preços ao consumidor dos EUA, que será divulgado nesta quarta-feira (15).

Após registrar a máxima de R$ 6,098, às 9h, na abertura do mercado, o dólar à vista atingiu R$ 6,042, uma queda de 0,91%, às 10h50, logo após a divulgação dos dados de inflação ao produtor americano. Às 16h39, já na reta final, a moeda norte-americana à vista atingiu a mínima do dia, R$ 6,041.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,2% em dezembro ante 0,4% no mês de novembro, segundo dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta terça. No período de 12 meses até dezembro, o índice acelerou para 3,3%, após um aumento de 3,0% em novembro. A aceleração na taxa anual refletiu os preços mais baixos do ano passado, especialmente dos produtos de energia, que saíram do cálculo.

“Os dados de inflação abaixo do esperado mostram que o Fed pode diminuir os juros, fazendo com que o dólar não se valorize tanto. Esse cenário também contribui para a queda dos juros futuros hoje”, afirma Fabio Louzada, economista, plan ejador financeiro e sócio da Eu me banco. A divulgação do CPI pode moldar ainda mais o humor dos mercados e até amplificar a aversão ao risco caso os números venham acima do esperado.

Os agentes financeiros também reagiram positivamente a uma reportagem da Bloomberg que sugeriu que membros da equipe econômica de Trump estão considerando movimentos graduais na implementação de tarifas de importação, reduzindo o pessimismo em relação à medida.

Neste cenário, a moeda norte-americana passou a ceder ante quase todas as divisas de países emergentes, incluindo o real.
Os investidores continuam se ajustando à perspectiva de uma abordagem mais cautelosa do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) em seu ciclo de afrouxamento monetário, depois de dados fortes de emprego divulgados na semana passada.

Atualmente, operadores esperam que o Fed mantenha os juros inalterados na reunião deste mês e realize somente um corte de 25 pontos-base até o fim do ano. Na cena doméstica, o início do ano tem fornecido poucos impulsos para as negociações, diante da relativa escassez de novos dados econômicos e com a agenda política em Brasília ainda fraca em meio ao recesso do Congresso.

O principal receio do mercado segue sendo o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas, com entrevistas recentes de membros do governo fornecendo algum alívio com a promessa de mais medidas fiscais para este ano. Na última sexta-feira, Haddad disse em entrevista à GloboNews que o governo segue estudando novas iniciativas para sanear as contas públicas, acrescentando que “só o que se faz” na Fazenda é estudar novas iniciativas.

Já o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, afirmou em entrevista ao jornal O Globo que o governo deve adotar novas medidas fiscais neste ano. De acordo com Durigan, as novas propostas de corte de despesas e arrecadação devem começar a ser debatidas após a aprovação pelo Congresso do Orçamento de 2025, informou O Globo.

Confira a matéria completa em: zug.net.br

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