O dólar encerrou o pregão desta terça-feira (3) com uma queda significativa de 0,64%, cotando-se a R$ 5,636. O desempenho se deu em contraponto ao exterior, onde a moeda americana se valorizava. No mesmo dia, a Bolsa de Valores em São Paulo apresentou uma alta de 0,55%, fechando em 137.546 pontos.
Durante a manhã, o real movimento teve como pano de fundo uma recuperação do dólar norte-americano, que havia sofrido perdas na véspera. No ponto mais alto do dia, o dólar chegou a ser negociado a R$ 5,710, mas a valorização não se sustentou após a coletiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que abordou soluções para o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Na coletiva, Lula declarou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não hesitou em discutir o decreto que elevou as alíquotas do IOF, indicando que novas propostas estavam sendo consideradas durante um almoço no Palácio da Alvorada.
De acordo com Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, as falas do presidente trouxeram uma sensação de tranquilidade ao mercado. Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, percebeu que, apesar de não haver grandes novidades, o discurso de Lula sinalizou um comprometimento em buscar alternativas para o IOF, o que reduziu a incerteza no mercado.
Além do IOF, a proposta de desvinculação dos salários da previdência em relação ao aumento do salário mínimo também foi vista positivamente pelo mercado, pois pode trazer um alívio nas contas públicas.
A pressão sobre os ativos brasileiros, que já vêm sendo desafiados desde 22 de maio, persiste em parte devido ao aumento das alíquotas de IOF e à crítica do Congresso sobre essas medidas.
Por fim, a política comercial dos EUA, que inclui novas tarifas sobre importações, continua sendo monitorada de perto, influenciando também o clima no mercado financeiro nacional.
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