SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar apresentou forte oscilação nesta terça-feira (17), encerrando com leve alta de 0,16%, cotado a R$ 5,496. Essa valorização se alinha com o desempenho da moeda norte-americana no cenário internacional. Apesar do aumento, a divisa acumula, em 2025, uma queda de 11,05%.
O índice da Bolsa recuou 0,29%, atingindo 138.840 pontos, seguindo a tendência de baixa observada nos principais índices da Europa, Estados Unidos e Ásia. A escalada das tensões entre Israel e Irã, que já se estende por cinco dias, tem gerado preocupação entre investidores, que aguardam a superquarta, quando os bancos centrais do Brasil e dos EUA divulgarão as novas taxas de juros.
Os desdobramentos do conflito no Oriente Médio permaneceram em evidência. A contagem de mortes atingiu 269 iranianos, enquanto 24 israelenses também perderam a vida. Esse cenário agravado inclui um ataque israelense surpresa que eliminou quase toda a liderança militar do Irã e seus principais cientistas nucleares na última sexta-feira (13).
Os agentes no mercado financeiro estão cada vez mais temerosos, considerando o dólar um ativo seguro em tempos de aversão ao risco. Com isso, a moeda norte-americana valorizou-se frente à maioria das moedas globais, com o índice DXY mostrando alta de 0,85%, fechando a 98,83.
João Duarte, especialista em câmbio da One Investimentos, comentou que “o cenário externo é de cautela com a situação do Oriente Médio, onde qualquer nova informação impacta os ativos de risco, reforçando o suporte ao dólar como segurança”.
Na política internacional, Donald Trump, ex-presidente dos EUA, afirmou que o aiatolá Ali Khamenei é “um alvo fácil”, mas garantiu que os Estados Unidos não planejam matá-lo por enquanto. Ele também pediu a rendição incondicional do regime iraniano.
O clima de incerteza persiste, especialmente com os mercados europeus apresentando a menor cotação em quase um mês. O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,85%, enquanto os índices de Wall Street também registraram quedas significativas, com o Dow Jones caindo 0,70%.
O setor de energia viu aumento nas ações, impulsionadas pela alta nos preços do petróleo. O barril de Brent e o WTI fecharam com altos de 4,30% e 4,24%, respectivamente.
Os investidores estão agora atentos à superquarta, quando a decisão dos bancos centrais pode influenciar o mercado. O Copom do Brasil e o Federal Reserve dos EUA se reunirão para definir as respectivas taxas de juros, com o foco no impacto geopolítico.
Por fim, um projeto no Brasil que busca aumentar as alíquotas do IOF tem gerado turbulência, sinalizando descontentamento entre os parlamentares, o que pode contribuir para a volatilidade do dólar frente ao real.
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