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Dólar inicia dia em alta com foco em acordos comerciais e decisão do Fed

Dólar inicia dia em alta com foco em acordos comerciais e decisão do Fed

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar começou a terça-feira (6) com leve alta, enquanto investidores aguardam eventuais acordos comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros. A atenção também está voltada para as decisões do Banco Central e do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA).

Às 9h03, a cotação do dólar subia 0,16%, alcançando R$ 5,6995. Na sessão anterior, a moeda norte-americana já havia registrado alta de 0,62%, fechando a R$ 5,689, enquanto os investidores refletiam sobre dados que indicam a robustez da economia dos EUA, apesar das incertezas geradas pelas taxas impostas pelo presidente Donald Trump.

As bolsas também sofreram uma queda de 1,21%, fechando em 133.491 pontos. A principal causa refletida nas cotações foram as notícias de que a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo, incluindo aliados como a Rússia) deve aumentar a produção de petróleo, impactando negativamente as ações da Petrobras, com recuos de 2,78% e 3,47% para os papéis PETR3 e PETR4, respectivamente.

Tanto o dólar quanto a bolsa de valores começaram o dia sem grandes alterações, ainda que apresentassem cautela frente aos eventos futuros, especialmente a “superquarta”, dia em que o Fed, o Banco da Inglaterra e o Banco Central do Brasil devem anunciar decisões significativas.

No cenário internacional, os investidores avaliaram a recente escalada da guerra tarifária provocada por Trump. No último domingo, o presidente anunciou a imposição de uma tarifa de 100% sobre filmes importados, alegando “ameaças à segurança nacional”, embora detalhando pouco sobre como essa iniciativa será concretizada. Com isso, ações de empresas como Netflix, Amazon e Walt Disney apresentaram quedas.

Durante um voo a bordo do Air Force One, Trump também comentou que os EUA estão atualmente dialogando com múltiplas nações, incluindo a China, visando um acordo comercial justificado. Questionado sobre um possível anuncio de acordo ainda nesta semana, o presidente disse que isso “pode muito bem acontecer”, porém sem mais detalhes.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que conversou com o secretário do Tesouro dos EUA a respeito da política tarifária americana, destacando que ambos os países estão tentando negociar os termos de um entendimento sobre a questão. “Estamos em busca de um entendimento e a posição do secretário foi bastante produtiva, mostrando uma disposição positiva para o diálogo”, afirmou o ministro durante uma visita a Los Angeles, onde discutiu investimentos em data centers.

A pressão também é reflexo da notícia que a Opep+ irá incrementar sua produção de petróleo, podendo oferecer até 2,2 milhões de barris por dia até novembro, favorecendo a valorização do dólar frente ao real.

Conforme Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, esse movimento de queda nas bolsas está ligado à redução no valor do petróleo, decorrente da decisão da Opep+. “Isso impacta diretamente as ações da Petrobras, uma vez que elas têm um peso considerável no índice da bolsa”, explicou Lopes.

Os mercados ainda estão analisando o provável posicionamento do Fed, que deve manter as taxas de juros nos EUA inalteradas. Atualmente, a taxa se mantém em uma faixa de 4,25% a 4,50% desde dezembro, com as autoridades do Fed prevendo que as tarifas elevarão tanto a inflação quanto o emprego.

Os dados econômicos disponíveis não indicam um colapso na economia, na verdade, os dados mostrados até o momento continuam a dar suporte à estabilidade do mercado de trabalho, dissipando algumas das preocupações sobre uma recessão devido ao aumento das tarifas globais.

Pela manhã, foi divulgado um aumento no PMI (Índice de Gerentes de Compras) do setor de serviços dos EUA, que subiu de 50,8 em março para 51,6 em abril, superando a expectativa de uma redução para 50,2.

As decisões dos bancos centrais nesta semana são aguardadas com grande expectativa, especialmente o anúncio do Fed na quarta-feira e o do Banco da Inglaterra na quinta.

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) divulgará sua decisão nesta quarta, já sinalizando que deve elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano, com projeções que variam entre um aumento de 0,25 e 0,5 ponto percentual.

Por fim, economistas consultados pelo Banco Central ajustaram a previsão de Selic, esperando agora que a taxa alcance 14,75% em 2025, e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 5,53%.

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