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Dólar inicia o dia em queda após entendimento comercial entre EUA e China

Dólar inicia o dia em queda após entendimento comercial entre EUA e China

O dólar apresentou uma leve queda nesta terça-feira (13), com investidores reagindo positivamente à trégua tarifária estabelecida entre Estados Unidos e China. O mercado aguarda detalhes da ata da última reunião do Banco Central (BC).

Às 9h04, a moeda americana vinha com uma retração de 0,15%, sendo cotada a R$ 5,6746. Na segunda-feira (12), o dólar havia fechado em alta de 0,53%, a R$ 5,684, enquanto a Bolsa teve uma leve variação positiva de 0,03%, alcançando 136.563 pontos.

Os investidores mostraram-se otimistas com o acordo comercial assinado em Genebra durante o fim de semana, onde foi decidido que os EUA reduzirão as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30% ao longo dos próximos 90 dias. Em contrapartida, a China diminuirá suas tarifas sobre importações americanas de 125% para 10% e irá suspender medidas não tarifárias em relação aos EUA.

A diminuição das tensões comerciais gerou um clima de otimismo no mercado, reduzindo, assim, os receios sobre uma possível estagflação nos EUA — uma situação caracterizada por alta inflação e baixo crescimento. Essa nova abordagem resultou em uma valorização significativa dos ativos americanos.

Além da queda perante o real, o dólar se valorizou no cenário global. O índice DXY, que mensura o desempenho da moeda americana em relação a outras seis divisas de peso, subiu 1,46%, atingindo 101,8 pontos, um patamar que não era alcançado há mais de um mês.

Os principais índices da bolsa de valores americana também reagiram positivamente, com o S&P500 avançando 3,26% e o Nasdaq chegando a 4,35% de alta. A trégua comercial trouxe alívio ao mercado, afastando os temores de uma guerra tarifária ampla que poderia levar a uma recessão global.

No entanto, como ressalta Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, essa mudança também ajustou os fluxos de capital estrangeiro, em um ambiente de menor incerteza que afetou a demanda por ativos em mercados emergentes, o que pode explicar a alta do dólar globalmente.

Além disso, as principais Bolsas da China reagiram com otimismo, com o CSI300 valorizando-se em 1,16%, o SSEC de Xangai em 0,82% e o Hang Seng em Hong Kong avançando 2,98%. O índice Nikkei em Tóquio subiu 0,38%, enquanto o KOSPI em Seul teve alta de 1,17%.

As principais Bolsas da Europa também apresentaram resultados positivos, com o índice STOXX 600 subindo 1,56% e o FTSE de Londres avançando 0,59%.

O economista sênior do Inter, André Valério, considera que o acordo já é um avanço significativo, embora ainda faltem detalhes cruciais. Ele destaca que a mitigação dos riscos de estagflação e a possibilidade de evitar um desabastecimento na economia dos EUA são pontos positivos desta nova dinâmica.

As conversações em Genebra marcaram as primeiras interações entre os principais funcionários econômicos dos EUA e da China após a reeleição de Donald Trump, que havia intensificado tarifas especialmente sobre produtos chineses. O futuro destas relações comerciais será monitorado de perto por investidores.

Leia também: Lula diz que Brasil e China estão ‘dispostos a unir vozes contra protecionismo’

Confira a matéria completa em: maisvip.com.br

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