Após oito quedas consecutivas, o dólar registrou alta nesta quarta-feira (30), embora tenha se mantido com cotação abaixo de R$ 5,70, fechando o mês com uma queda. A bolsa de valores, por sua vez, apresentou instabilidade, caindo quase 1% no início do dia, mas recuperando-se no fim da tarde e terminando estável.
O dólar comercial encerrou a quarta-feira cotado a R$ 5,677, com uma alta de R$ 0,046 (+0,83%). Nos primeiros minutos de negociação, a cotação chegou a cair para R$ 5,60, mas teve uma alta significativa após a divulgação de que a economia norte-americana contraiu 0,3% no primeiro trimestre, efeito das recentes ameaças do presidente Donald Trump.
Apesar da alta registrada hoje, o dólar encerrou o mês de abril com uma queda acumulada de 0,5%. O mês foi marcado por uma volatilidade significativa, com a cotação chegando a R$ 5,997 no dia 8, logo após o anúncio do tarifão promovido por Trump. Em 2025, a moeda norte-americana apresentou uma queda de 8,15%.
No comportamento do mercado, o índice Ibovespa fechou em 135.067 pontos, com uma leve queda de apenas 0,02%. O indicador chegou a sofrer uma desvalorização de 0,83% às 11h45, mas reagiu na parte da tarde, seguindo a tendência de alta nas bolsas de valores dos Estados Unidos.
Próxima de sua máxima histórica — 137,3 mil pontos, alcançada no final de agosto do ano passado — o Ibovespa fechou abril com uma valorização acumulada de 3,69% e um avanço de 12,29% em 2025.
A notícia sobre a contração de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano influenciou a alta do dólar em todo o planeta, ocorrendo principalmente devido à antecipação de importações diante das novas tarifas impostas pelo governo de Trump, que começaram a vigorar em abril. As perspectivas de uma potencial recessão na maior economia do mundo pressionaram ainda mais o valor da moeda.
A alta do dólar foi particularmente notável em países emergentes, dada a queda nos preços das commodities, após divulgação de dados fracos da indústria chinesa em abril. Isso impactou negativamente a economia de países exportadores de produtos agrícolas e minerais, como o Brasil e as demais nações da América Latina.
A desaceleração da indústria da China está vinculada à queda da demanda devido às tarifas de 145% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses.
Confira a matéria completa em: maisvip.com.br