Segundo a PC, a estimativa é de que mensalmente, o grupo lucrava cerca de R$ 2 milhões com as vendas. E-commerce de maconha: Polícia Civil realiza operação para prender grupo que vendia a droga em plataformas virtuais
A Polícia Civil do Distrito Federal realizou, nesta terça-feira (27), em MG e no DF, a “Operação Breeder” contra um grande esquema de tráfico de drogas online. A ação resultou no cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Governador Valadares, no Leste de MG.
Segundo a Polícia Civil, o grupo vendia sementes de diversas espécies de maconha pela internet, e agia com sofisticação. O mercado ilícito que eles conduziam era responsável pela distribuição de milhares de sementes da droga pelo país.
Além dos nove mandados em Valadares, outros três de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes Regiões Administrativas do Distrito Federal.
Comércio online contava com promoções
Grupo utilizava redes sociais para divulgar e vender as sementes
Redes Sociais
O grupo vendia sementes “gourmetizadas” de diferente espécies de maconha pela internet. Eles utilizavam uma plataforma de venda online onde usavam as redes sociais para divulgar o “comércio”.
Nas redes sociais, eram disponibilizadas as tabelas com as genéticas dos diferentes tipos de semente, juntamente com o preço de cada uma.
A PC informou que em novembro do ano passado, mês conhecido pelas promoções de “Black Friday”, o grupo passou por um período de promoção, onde o dobro de sementes era enviado aos clientes. Naquela época, 100 sementes eram vendidas por R$ 1.000, mas o cliente receberia 200 sementes em casa.
O esquema
Estufa criada para o plantio de maconha, em Governador Valadares
Divulgação
Equipes da Polícia Civil localizaram em Governador Valadares, três residências distintas onde o grupo montou os “setups”, (um tipo de central). Em cada cômodo dos imóveis, eram cultivadas plantas de maconha, de espécies distintas.
As mudas eram cultivadas com cuidados especiais, sendo mantidas em locais climatizados por ar condicionado. Além disso, eram realizadas irrigações com controle do PH da água. A iluminação era feita por sistema automatizado, e eram utilizados fertilizantes próprios nas plantas para a fase de germinação e flora.
Os integrantes do grupo se transformaram em fornecedores de sementes para traficantes de drogas de todo o país, e utilizavam a lavagem de dinheiro para ocultar a origem dos ganhos.
Dependendo da espécie, uma única semente poderia ser vendida por R$ 100. Estima-se que mensalmente, o grupo lucrava aproximadamente R$ 2 milhões com as vendas.
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Pés de maconha apreendidos pela Polícia Civil
Carla Marques / Inter TV dos Vales
Para dinamizar o processo de vendas, o operador do “seedbank” (banco de sementes), que a princípio, recebia os pedidos de forma individual, através de contatos via Instagram e WhatsApp, desenvolveu uma plataforma de comércio eletrônico com o objetivo de melhorar o atendimento a clientes de todo o país.
Durante a investigação, a equipe policial identificou a pessoa responsável por despachar as encomendas de sementes pelos Correios. Essa pessoa, era a mesma responsável por fornecer a conta bancária para que os clientes efetuassem a compra via PIX.
O momento em que o investigado efetuou uma postagem foi flagrado pelos policiais, que entraram em contato com a Diretoria de Segurança dos Correios. A encomenda foi submetida ao Raio X, onde foram identificadas as sementes de maconha.
Em cada pacote plástico, era informada a genética específica da planta e a quantidade de sementes. Ao todo, foram identificadas 7.155 sementes, das espécies “Radical Juice”, “Jack 47”, “Gorilla Purple”, “Meringue”, “Red Critical XXL Auto”, “Purple Punch Auto” e “Super Lemon”.
Utilizando a tabela de preços divulgada nas redes sociais, o valor da encomenda ultrapassaria os R$ 70.000.
Devido a gravidade dos crimes, os envolvidos podem ser condenados a até 52 anos de prisão.
Vídeos do Leste e Nordeste de MG
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