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Em um mundo cada vez mais conectado, bebês sofrem com depressão; veja sintomas

Em um mundo cada vez mais conectado, bebês sofrem com depressão; veja sintomas

Em Belo Horizonte, no ano passado, dez crianças entre 1 e 4 anos foram diagnosticadas com depressão. Em 2022, a capital mineira registrou a mesma quantidade de pequenos com esse diagnóstico. Os números chamam a atenção sobretudo em um mundo cada vez mais conectado e em meio a pesquisas que mostram que o uso de telas entre crianças e adolescentes pode estar diretamente relacionado à depressão.

Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que 72% das pesquisas realizadas mundialmente já comprovam uma relação direta entre o consumo de celulares, computadores e televisores e a depressão em crianças e adolescentes. Embora os dados não se refiram especificamente à situação dos bebês, especialistas afirmam que um dos causadores da depressão nos primeiros meses de vida é a falta de atenção por parte dos pais e responsáveis. Ao mesmo tempo, o estudo revela que crianças podem estar mais deprimidas por causa do distanciamento que as telas causam entre pais e filhos.

“Os bebês também podem ter depressão. Isso ocorre principalmente naqueles bebês que são abusados, agredidos, por exemplo, ou negligenciados. Aqueles bebês em que as demandas ou são pouco atendidas ou não são atendidas. Então eles choram muito e não são atendidos, não recebem o afeto, o carinho que eles necessitam”, explica Júlia Khoury, médica psiquiatra, mestre e doutora em dependências químicas e comportamentais.

Conforme a profissional, os bebês com depressão ficam mais agressivos, irritados e inquietos. Além disso, dormem pouco, não se alimentam adequadamente e costumam perder peso. “A gente pode fazer o diagnóstico de uma depressão em um bebê também, apesar de ser mais raro do que em crianças e em adultos”, diz ela, lembrando que é preciso realizar exames para excluir causas orgânicas.

Além da preocupação com a depressão entre os pequenos e a relação com o uso de telas, o estudo da UFMG também mostra que a utilização excessiva pode levar à diminuição do Quociente de Inteligência (QI) antes do previsto. Isso seria o resultado da falta de incentivo a atividades que precisam de pensamento rápido e de outras habilidades que contribuem para o bom funcionamento cerebral.

Sintomas de depressão entre bebês e crianças

Diagnosticar bebês e crianças com depressão não é uma tarefa fácil, já que elas expressam sentimentos diferentemente dos adultos. Conforme o psicólogo Thales Coutinho, um dos sinais de que uma criança está deprimida são o tédio e a desmotivação. “Muitas vezes, elas não sabem o que querem fazer, não querem jogar futebol, ir ao teatro, por exemplo, se isolam”, diz.

Júlia Khoury também ressalta que o quadro é bem diferente de analisar quando se compara ao de adultos, que conseguem relatar uma tristeza e uma perda de prazer com as coisas.

“Já crianças não relatam tanto tristeza quando estão deprimidas. Elas demonstram mais a depressão através de irritabilidade, agressividade, um isolamento de outras crianças ou até mesmo de familiares, um prejuízo nos relacionamentos”, diz ela, que afirma que é importante procurar ajuda profissional para que se inicie o tratamento adequado.

Confira a matéria completa em: zug.net.br

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