SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta terça-feira (22), o dólar apresenta uma forte queda, após o feriado prolongado no Brasil.
Os investidores estão reagindo às notícias sobre o possível arrefecimento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, e às críticas do presidente Donald Trump direcionadas ao presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell.
Às 15h57, a moeda estava em queda de 1,49%, cotada a R$ 5,720. A Bolsa, por outro lado, subia 0,92%, alcançando 130.847 pontos, acompanhando a tendência dos índices do exterior.
As negociações desta tarde ganharam novo impulso quando, segundo a Bloomberg, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o atual impasse tarifário com a China é insustentável e que ambas as economias precisarão encontrar maneiras de mitigar a tensão comercial.
Bessent, durante uma cúpula de investidores a portas fechadas organizada pelo JPMorgan Chase, caracterizou a situação atual como um embargo comercial, afirmando que o objetivo dos EUA não é se desvincular da China.
Ele também expressou otimismo ao sugerir que as tensões podem diminuir nos próximos meses, trazendo alívio aos mercados, apesar de um acordo abrangente demorar cerca de dois a três anos.
Um porta-voz do Departamento do Tesouro não quis comentar. Porém, Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, declarou que as negociações com a China estão progredindo bem.
“Perguntei ao presidente sobre isso antes de vir para cá, e ele quis que eu compartilhasse com todos vocês que estamos indo muito bem em relação a um possível acordo comercial com a China.”
Os índices de Wall Street também apresentaram forte alta; o S&P500 subia 2,24%, o Nasdaq Composite avançava 2,62% e o Dow Jones mostrava uma alta de 2,5%.
Por outro lado, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a seis divisas fortes, ainda subia 0,57%, atingindo 98,83 pontos.
Após a queda do dia anterior devido ao feriado de Tiradentes, os índices acionários passaram por uma recuperação impulsionada por novos ataques de Trump ao presidente do Fed.
No dia anterior, Trump postou no Truth Social que a economia dos EUA pode desacelerar se as taxas de juros não forem reduzidas imediatamente.
“Com esses custos tendendo tão bem para baixo, exatamente o que eu previ, quase não pode haver inflação, mas pode haver uma DESACELERAÇÃO da economia, a menos que o Sr. Tarde Demais, um grande perdedor, reduza as taxas de juros, AGORA.”
A declaração se soma às críticas anteriores de Trump a Powell, que ele tem ameaçado de demissão por conta da política monetária do Fed. A possibilidade de interferência no banco central está gerando preocupações entre investidores, que buscam ativos mais seguros, como ouro, que atingiu um recorde de US$ 3.500 a onça troy.
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