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EUA mantêm tarifas de 25% sobre aço e alumínio do Brasil a partir de quarta-feira

EUA mantêm tarifas de 25% sobre aço e alumínio do Brasil a partir de quarta-feira

PELOTAS, RS (FOLHAPRESS) – A Casa Branca anunciou, nesta terça-feira (11), que as tarifas de 25% sobre aço e alumínio de todos os parceiros comerciais, incluindo o Brasil, seguirão em vigor sem exceções. A decisão, já divulgada em fevereiro, passará a valer à meia-noite desta quarta-feira (12).

Essa nova medida impacta diretamente o Brasil, que é um dos principais fornecedores de aço para o mercado americano. Dados do governo dos Estados Unidos mostram que, no ano passado, o Canadá liderou as exportações para os EUA com 20,9% do total, seguido pelo Brasil, que respondeu por 16% (equivalente a 3,88 milhões de toneladas) e pelo México, com 11,1%.

Apesar de sua participação em volume, em termos de receita, o Brasil ficou atrás do México, com recebimentos de US$ 2,66 bilhões contra US$ 2,79 bilhões dos mexicanos e US$ 5,89 bilhões dos canadenses. Em janeiro deste ano, o Brasil foi o maior exportador no mês, enviando 499 mil toneladas, à frente do Canadá, que exportou 495 mil toneladas.

Um aspecto importante é que cerca de metade das exportações de aço do Brasil têm como destino os EUA, o que pode colocar em risco uma parte significativa da produção siderúrgica do país. Na ordem executiva de fevereiro, o ex-presidente Trump justificou suas tarifas mencionando o aumento das importações de aço chinês pelo Brasil como um dos motivos para elevar as taxas e eliminar cotas para grandes fornecedores.

“As importações brasileiras de países com níveis significativos de sobrecapacidade, especialmente a China, cresceram tremendamente nos últimos anos, mais do que triplicando desde a instituição deste acordo de cotas”.

Os EUA argumentam que o Brasil, que se beneficiou anteriormente de isenções às tarifas, aumentou suas exportações para o país nos últimos anos. Em resposta, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas locais, expressou surpresa com o anúncio e refutou as alegações do governo americano, enfatizando que o Brasil não tem enviado grandes volumes de aço chinês para os EUA.

Na nota emitida em fevereiro, a entidade destacou: “O mercado brasileiro também tem enfrentado um aumento expressivo de importações de países que praticam concorrência predatória, motivo pelo qual solicitamos ao governo brasileiro ações de defesa comercial”.

Historicamente, em 2018, Trump anunciou tarifas de 25% sobre aço importado, mas posteriormente fez um recuo ao estabelecer uma cota isenta de tarifas. Com a nova medida, especialistas preveem que grandes siderúrgicas brasileiras, como Ternium, ArcelorMittal e Usiminas, poderão sofrer impactos significativos. Marco Antônio Castello Branco, ex-presidente da Usiminas, indicou que essa tarifação pode resultar em perdas de até US$ 5 bilhões (cerca de R$ 29 bilhões) para as siderúrgicas brasileiras.

Confira a matéria completa em: maisvip.com.br

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