O governo dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de até US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 57 milhões) por informações que ajudem na identificação e neutralização das atividades do Hezbollah na região da tríplice fronteira, que envolve Brasil, Argentina e Paraguai.
A medida foi divulgada na última segunda-feira (19) pela Embaixada dos EUA no Brasil e pelo programa Rewards for Justice, vinculado ao Departamento de Estado. O foco é o braço financeiro da organização terrorista no continente sul-americano, considerado um desafio para a segurança e soberania das nações envolvidas.
Segundo a comunicação do governo norte-americano, a recompensa pode ser concedida por informações que ajudem a identificar:
- Fontes de renda do Hezbollah;
- Facilitadores e doadores da organização;
- Instituições financeiras e casas de câmbio vinculadas ao grupo;
- Empresas que operam como fachada para o Hezbollah;
- Esquemas criminosos que beneficiem a entidade financeiramente.
As práticas mencionadas para o financiamento do Hezbollah incluem tráfico de drogas, contrabando de petróleo, comércio ilegal de diamantes, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro, além de atividades comerciais legítimas na América Latina, como construção civil e imobiliária.
As denúncias poderão ser realizadas de forma confidencial através dos canais oficiais do governo dos EUA. O programa Rewards for Justice já premiou mais de US$ 250 milhões a mais de 125 informantes desde 1984, contribuindo para a segurança nacional americana.
Este anúncio coincide com a visita a Brasília do almirante Alvin Holsey, comandante do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, que se reunirá com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, e líderes das Forças Armadas brasileiras. Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil não recebeu notificação oficial relacionada a esta medida e se mantém em silêncio sobre o assunto.
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