A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (13), em Recife (PE), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que fez parte do governo Jair Bolsonaro (PL). Ele é suspeito de ajudar em um plano para facilitar a fuga do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
De acordo com as investigações, Machado teria tentado obter um passaporte português para Mauro Cid, com objetivo de viabilizar sua saída do Brasil. O militar é réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Esta investigação também envolve Bolsonaro e outros aliados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apoiou o pedido da PF para a abertura de um inquérito contra o ex-ministro. Os investigadores afirmam que Machado visitou o Consulado de Portugal em Recife em maio, tentando obter o passaporte para Cid, mas não teve sucesso. A PF determinou que ele poderia tentar outros consulados ou a embaixada portuguesa em Brasília com o mesmo intuito.
Segundo a PGR, existem indícios de que Gilson Machado tentou “obstruir a instrução” da ação penal contra Mauro Cid, possivelmente para dificultar o andamento das investigações e evitar a aplicação da lei penal. As suspeitas também se estendem a outros inquéritos, como o das joias.
Em sua defesa, Gilson Machado negou ter tentado obter o passaporte para Cid, alegando que sua visita ao consulado foi para tratar de documentos do pai. Ele declarou estar “surpreso” com a investigação.
Machado atuou como ministro do Turismo entre 2020 e 2022, era um dos assessores mais próximos de Bolsonaro e ganhou notoriedade ao aparecer em transmissões ao vivo do então presidente, tocando sanfona.
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