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BRASÍLIA – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou que irá participar da Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, por videoconferência. O evento acontece no domingo (6) e na segunda-feira (7) e reúne lideranças do bloco formado por países emergentes.

Desde 2022, quando se iniciou a invasão russa à Ucrânia, Putin tem evitado viajar a países signatários do Tribunal Penal Internacional (TPI), como é o caso do Brasil. O TPI emitiu um mandado de prisão contra ele, por violações no conflito, e a ordem deve ser cumprida por todos os países que assinam o tratado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já afirmou em mais de uma ocasião que Putin não seria preso se viesse ao Brasil e que o líder russo seria “muito bem-vindo” no país. No entanto, para evitar constrangimentos entre o governo brasileiro e órgãos internacionais, há um acordo entre as diplomacias dos dois países para que ele não venha. Isso também se aplicou à Cúpula do G20, realizada em novembro do ano passado, também no Rio de Janeiro.

Outra ausência sentida no encontro será a do presidente da China, Xi Jinping, que vai enviar o primeiro-ministro Li Qiang como seu representante. Entre os membros fundadores do Brics, irão ao Rio apenas o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, além de Lula.

Além disso, dos seis novos países-membros do bloco, admitidos no ano passado, apenas Etiópia e Indonésia vão enviar seus chefes de Estado. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito serão representados por outras lideranças, enquanto o Irã, envolto no conflito com Israel, estará ausente.

O governo brasileiro convidou, ainda, outros 17 chefes de Estado para participar do encontro, dos quais oito estão confirmados. A ex-presidente Dilma Rousseff, que hoje preside o banco de desenvolvimento do Brics, participará da cúpula.

Veja lista das autoridades confirmada na Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro: