SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Mobile World Congress (MWC) inicia nesta segunda-feira (3) em Barcelona, com foco nas aplicações de inteligência artificial (IA), superando as discussões tradicionais sobre telecomunicações.
Com o lema “Convergir, conectar, criar”, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo reúne milhares de pessoas para debater o futuro e fortalecer a conexão entre empresas, especialistas e investidores.
Organizada pela GSMA, entidade que aglutina as principais operadoras, a edição de 2025 espera ultrapassar os 101 mil participantes do ano anterior, sendo a maior até agora em 2019, com 109 mil.
Embora o MWC tenha sua História ligada ao segmento de telecomunicações, nesta edição, o foco será a inteligência artificial, em detrimento de temas como 5G e relações com big techs.
Um evento de abertura tradicional ocorrerá nesta segunda, com a presença da GSMA, Telefónica, Telenor e China Mobile, mas todos os 11 palestrantes de destaque conhecidos como Iconic Thinkers discutirão temas relacionados à IA nas esferas de mídia, saúde e economia.
John Hoffmann, CEO da GSMA, aponta que a mesma energia disruptiva que transformou o setor de comunicação móvel no passado está ressurgindo com a IA. Entre os palestrantes, destaca-se Aravind Srinivas, CEO da Perplexity AI, e o renomado futurista Ray Kurzweil, que defende que a tecnologia pode ultrapassar a inteligência humana até 2045.
A feira contará também com estandes de gigantes do setor, incluindo Telefónica, Ericsson, Huawei, Samsung, Xiaomi, e as divisões de big techs como Meta, Google e Amazon. O governo brasileiro será representado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Marcas chinesas como a Xiaomi aproveitarão o evento para lançar produtos globalmente; por exemplo, o smartphone Xiaomi 15 Ultra e o carro elétrico SU7 Ultra. A Honor, que estreou no Brasil em janeiro, planeja revelar um agente de IA.
A convergência de visitantes globais no MWC também ressalta o impacto econômico do evento na região. Hoffmann estimou que a feira geraria um impacto de 550 milhões de euros (R$ 3,3 bilhões) na economia local em 2025, totalizando um impacto cumulativo de 7 bilhões de euros (R$ 42 bilhões) desde a primeira edição em Barcelona em 2006.
Além de Barcelona, a feira realiza edições em Xangai, Las Vegas e Kigali, em Ruanda.
Nota: O repórter viaja a convite da Honor.
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