(foto: Reproduo / Instagram Felipe Melo)
As grandes estrelas se uniram por causa de grama sinttica x natural. Vejo que o momento de se unir contra esse crime, o racismo. O jogador de futebol tem poder para exterminar o racismo no futebol. Ento, o momento da classe se unir mais do que nunca, disse.
Alm disso, nesta sexta-feira (7), Felipe Melo revelou, durante participao no programa seleo sportv, que entrou em contato com Luighi e teve retorno logo depois.
“Passou uma hora e ele me mandou uma mensagem falando: “No paro de chorar, mas Deus sabe de todas as coisas”. Realmente me partiu o corao, esse choro genuno dele. As lgrimas descendo, ele chorando compulsivamente… Me senti na pele dos pais, no Brasil, longe, querendo abraar o filho”, disse.
O ex-jogador ainda exaltou a postura de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que se manifestou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (7).
“O peso da presidente vir a pblico falar muito diferente. O peso de o presidente da CBF vir a pblico e falando sobre seu pensamento contra o racismo um outro peso. Assim como tambm a prpria Conmebol. Os patrocinadores, vendo isso, vo repensar. Ser que vale continuar patrocinando algo que vai arranhar a imagem?”, reforou.
O caso
Luighi relatou insultos racistas ao sair de campo e informou ao rbitro que o chamaram de “macaco”. O torcedor imitou um macaco na direo do jogador, que se revoltou, deixou o campo chorando e desabafou em entrevista depois da partida, quando foi questionado por um reprter sobre como foi o jogo. Alm disso, ele tambm sofreu uma cusparada enquanto se dirigia ao banco de reservas.
“Voc no vai perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo? At quando a gente vai passar por isso? At quando? O que fizeram comigo foi um crime. Voc ainda vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso, a CBF, sei l quem… No ia perguntar sobre isso, n? O que fizeram comigo foi um crime. Aqui formao. A gente t aprendendo”, desabafou.
Luighi ainda usou as redes sociais para falar sobre a “dor na alma” que sentiu.
“Di na alma. A mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da histria, porque as coisas evoluem, mas nunca so 100% resolvidas. O episdio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como de fato: crime. At quando? a pergunta que espero no ser necessria ser feita em algum momento. Por enquanto, seguimos lutando”, escreveu
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Palmeiras se solidariza com Luighi
A Sociedade Esportiva Palmeiras prestou solidariedade ao atleta de sua base e mostrou-se determinada a ir at as “ltimas instncias” para punio dos envolvidos.
“Inadmissvel que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos vlidos por competies da CONMEBOL. A Sociedade Esportiva Palmeiras presta toda solidariedade aos atletas do clube que esto disputando a Libertadores Sub-20 no Paraguai e comunica que ir at as ltimas instncias para que todos os envolvidos em mais esse episdio repugnante de discriminao sejam devidamente punidos.
Racismo crime! E a impunidade cmplice dos covardes! As suas lgrimas, Luighi, so nossas! A Famlia Palmeiras tem orgulho de voc”.
Rivais diretos e clubes de outros estados tambm se uniram ao Alviverde na luta contra o racismo. Corinthians, Santos e So Paulo prestaram apoio ao atacante atravs de posicionamento nas redes sociais.
Alm disso, a presidente Leila Pereira, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (7), afirmou que vai pedir a excluso do Cerro Porteo das competies sul-americanas e relembrou casos antigos que aconteceram com o Palmeiras nos ltimos anos.
Vini Jr. apoia Luighi
Lder e ativista global na luta contra o racismo, Vini Jr. prestou solidariedade a Luighi, que tambm cobrou a Conmebol e parabenizou o posicionamento do jovem ao confrontar jornalistas sobre o caso.
“Parabns pelo posicionamento, mano. triste, mas fique forte. Vamos juntos nessa luta. At quando, Conmebol? Vocs nunca fazem nada. NUNCA”, escreveu Vini Jr em seus stories no Instagram.
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