Entre 2018/19 e 2023/24, a Superliga Feminina de Vôlei teve o “pão de queijo” como símbolo da final. Porém, a hegemonia foi quebrada em 2024/25. Após cinco decisões seguidas entre Minas e Praia Clube, a taça da liga nacional será disputada entre Osasco e Bauru, em um retorno do protagonismo dos times paulistas. E isso é comemorado pelas finalistas.
Os melhores times da temporada entrarão em quadra nesta quinta-feira (1/5), às 15h45, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e Osasco e Bauru colocarão fim em um jejum que se arrasta por 13 anos. A última vez que uma equipe paulista foi campeã havia sido em 2011/12, em um título osasquense.
Depois disso, foram cinco glórias seguidas do maior campeão Rio de Janeiro (atual Flamengo) e o início do domínio mineiro. A conquista inédita do Praia Clube, em 2017/18, deu início à hegemonia, que contou com outra taça do time de Uberlândia em 2022/23 e quatro troféus do Minas (2018/19, 2020/21, 2021/22 e 2023/24).
Fora a temporada 2019/20, que foi cancelada devido à pandemia de COVID-19, foram seis conquistas seguidas, sendo cinco decisões consecutivas entre Minas e Praia Clube. Porém, a hegemonia do “pão de queijo” chegou ao fim, e os finalistas foram justamente os algozes dos mineiros.
A final paulista da Superliga em 2024/25
Na semifinal, o Bauru deixou o Praia Clube para trás com duas vitórias nos dois primeiros duelos. Já o Osasco passou pelo Minas na terceira partida. Desta forma, os times paulistas se garantiram na final, quebraram o domínio dos vizinhos de estado e até comemoraram o feito.
Campeã olímpica em Londres 2012 e capitã do Bauru, Dani Lins disse que está feliz com o fim da hegemonia dos rivais na entrevista coletiva na véspera da partida decisiva contra o Osasco. A levantadora pernambucana de 40 anos ainda brincou com as comidas paulistas que “substituem” o pão de queijo na final.
“Fazia tempo que não tinha um time de São Paulo em uma final. Foi uma superliga muito equilibrada. Eu acho que todos os times tinham condição de estarem aqui. Mas eu fico feliz de não ter uma final mineira, de não ter um pão de queijo, mas sim ter um cachorro quente com purê e um bauru com rosbife [risos]. E eu fico muito feliz de estar disputando uma final paulista em São Paulo. Espero que seja o retorno de finais paulistas”
Dani Lins, levantadora do Bauru
Outras atletas que comemoraram o fim da hegemonia nasceram em Minas Gerais. Ponteira do Osasco, Maira nasceu em Itanhandu, no Sul do estado, e ressaltou ao No Ataque que as equipes paulistas estavam batendo na trave nas últimas temporadas. Já Lorenne, oposta do Bauru que nasceu em Conselheiro Lafaiete – cidade da Região Central de Minas – e foi bronze em Paris 2024, conversou com a reportagem e destacou a importância da quebra do domínio para os patrocinadores.
“Vinha alguns anos sendo essa final pão de queijo, mas a gente do Osasco e os times paulistas vêm, nesses últimos anos, batendo na trave e querendo muito essa final. Conseguimos nesse ano mais especial ainda por ser em São Paulo, aqui no Ibirapuera. Então, ter dois times paulistas deixou essa final mais especial. E isso mostra um pouco do equilíbrio do campeonato, porque não fica previsível É uma quebra importante, mostrando que o cenário está bem equilibrado e vamos continuar trabalhando para ter mais finais paulistas”
Maira, ponteira do Osasco
“Eu acho que quebrar um pouco a hegemonia é ótimo para o esporte, né?. Acredito que isso é importante para o voleibol brasileiro, principalmente para os patrocinadores dos nossos times, que, enfim, estão com a gente no dia a dia. É muito bom para Minas Gerais, mas, assim, por um lado, foi muito bom principalmente para o patrocinador, para abrir o leque [de clubes] do Brasil em relação a isso”
Lorenne, oposta do Bauru
A notícia Finalistas comemoram fim de hegemonia na Superliga: ‘Feliz de não ter pão de queijo’ foi publicada primeiro no No Ataque por Pedro Bueno – De São Paulo
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