SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta sexta-feira (6), o dólar experimentou uma queda enquanto a Bolsa registrou alta, em resposta ao relatório de emprego dos Estados Unidos referente ao mês de maio, conhecido como “payroll”, que apresentou dados melhores do que o esperado. Os investidores estão avaliando o impacto das tarifas do presidente Donald Trump sobre a economia americana.
Às 12h01, a moeda americana era cotada a R$ 5,610, refletindo um avanço de 0,44% após uma leve queda inicial. Ao longo da semana, a divisa acumulou uma queda de 2,3%. Em contrapartida, a Bolsa caiu 0,28%, atingindo 135.844 pontos.
Os investidores esperam por medidas fiscais alternativas ao decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em diferentes operações, enquanto observam a diminuição nas contratações nos EUA, com a criação de 139 mil vagas em maio, abaixo das 147 mil registradas em abril, conforme reportado pelo Departamento do Trabalho.
A taxa de desemprego permanece estável em 4,2%, o que pode dar ao Fed (Federal Reserve, o banco central americano) margem para adiar cortes nas taxas de juros. Isto ocorre em um contexto onde as previsões de criação de empregos oscilavam entre 75 mil e 190 mil.
Apesar da desaceleração, os dados foram considerados otimistas, aliviando preocupações sobre uma deterioração do mercado de trabalho. O índice DXY, que mensura a força do dólar frente a outras moedas, subiu 0,44%, para 99,111, recuperando parte das perdas da semana.
Matthew Ryan, chefe de estratégia da Ebury, afirmou que a resiliência do mercado de trabalho nos EUA diante das incertezas tarifárias de Trump é notável, com emprego ainda robusto, mesmo considerando as revisões dos dados de março e abril. Ryan também destacou que não há evidências de que empresas estejam adiando contratações ou demitindo em massa.
Expectativas sobre a política monetária
Os operadores seguem precificando 2 cortes de 25 pontos-base por parte do Fed, com o primeiro previsto para setembro. Recentemente, Trump reiterou a necessidade de cortes mais agressivos na taxa de juros.
No cenário interno, o plano fiscal do governo enfrenta incertezas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que não haverá anúncios de medidas estruturais antes de uma reunião com líderes partidários. Com isso, há um clima de expectativa no mercado, atento a como o governo irá lidar com o aumento do IOF.
A recent pesquisa revela uma queda na avaliação positiva do governo, com 26% dos entrevistados considerando a gestão eficaz, enquanto 43% deram avaliação negativa.
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