Gabi marca no fim, Cruzeiro bate Palestino e vence a primeira na Sul-Americana

O Cruzeiro enfim desencantou na Copa Sul-Americana. No fez a melhor atuao, mas, na base da persistncia, descolou gol salvador aos 44 minutos da segunda etapa e venceu o Palestino-CHI de virada, por 2 a 1, nesta quarta-feira (14/5), no Mineiro, pela quinta rodada do Grupo E. Esportivamente, o resultado pouco importa para os celestes, que j esto eliminados da competio. Em relao sequncia da temporada, d confiana.

Sem a possibilidade de avanar no torneio, o tcnico Leonardo Jardim havia estabelecido um objetivo para o confronto: “melhorar a imagem” do clube na Sul-Americana. Mandou a campo equipe alternativa – estratgia para poupar os titulares de olho na sequncia da temporada e dar rodagem a atletas pouco acionados. At o fim do segundo tempo, o comandante passava longe de alcanar a meta. Foi quando apareceu a estrela de Gabigol.

Como esperado pelo cenrio do confronto, apenas 9.698 torcedores visitaram o Mineiro, pblico bem abaixo da mdia do Cruzeiro no ano (30.623 fs at antes do duelo desta quarta-feira). Sem o calor humano, a sensao trmica estava bem abaixo dos 16 graus apontados pela previso do tempo. O clima se tornou ainda mais frio quando Ariel Martnez, de cabea, abriu o placar para os visitantes, logo aos seis minutos do primeiro tempo, aps falha defensiva coletiva.

quela altura, eram os mandantes quem detinham o controle da partida e a posse de bola, no entanto, viram os adversrios serem mais eficazes. Novamente, problema caracterstico do Cruzeiro na Sul-Americana veio tona: a equipe espera sofrer para reagir. At o fim da primeira etapa, a Raposa fez atuao superior em relao ao rival, mas pecou nas finalizaes e no baixo repertrio.

Leonardo Jardim promoveu algumas mudanas no segundo tempo para dar mais flego. A equipe encontrou ainda mais dificuldades e mal criou oportunidades grandiosas. Aos 24 minutos, deu fim ao marasmo e conseguiu furar o sistema defensivo do Palestino com cabeceio de Bolasie. Os celestes, ento, passaram a martelar. E quando tudo parecia se repetir, Gabi apareceu no apagar das luzes. Aos 44 minutos, o camisa 9 arriscou de fora da rea, balanou a rede e deu a vitria ao Cruzeiro.

Dona de uma vitria, um empate e trs derrotas, a Raposa subiu para a terceira colocao do Grupo E ao somar quatro pontos – de 15 possveis.

O Palestino, por sua vez, segue na segunda posio, com nove pontos trs triunfos e um tropeo. Agora, no tem condies de encerrar a participao na etapa inicial em primeiro lugar, que pertence ao Mushuc Runa-EQU, ou seja, disputar osplayoffs com um terceiro colocado da Copa Libertadores.

Prximos jogos de Cruzeiro e Palestino

O Cruzeiro volta a campo neste domingo (18/5), quando recebe o Atltico no Mineiro, s 20h30, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Despede-se em definitivo da Sul-Americana contra o Unin-ARG, tambm j eliminado, em 28 de maio, s 21h30, no Gigante da Pampulha, pela sexta rodada.

O prximo compromisso do Palestino est marcado para este domingo (18/5), s 16h, contra o Deportes Limache, no Bicentenario Lucio Faria, em Quillota, no Chile, pela 11 rodada do Campeonato Chileno. Fecha a participao na fase de grupos da Sul-Americana diante do Mushuc Runa-EQU, tambm em 28 de maio, s 21h30, no Estdio Nacional, em uoa.

Cruzeiro x Palestino

Eficiente, Palestino abre o placar

Leonardo Jardim j havia avisado que escalaria equipe alternativa com um ou outro titular. E assim o fez. Pela primeira vez, o lateral-esquerdo Kau Prates, o volante Murilo Rhikman e o atacante Kaique Kenji, crias da Toca da Raposa, iniciaram a mesma partida. O comandante manteve apenas o zagueiro Villalba e os volantes Christian e Lucas Romero.

No frio Mineiro, pouco ocupado devido ao contexto da partida, o Cruzeiro deu o pontap no confronto com a inteno de propor. Aos trs minutos, depois de muito trabalhar a bola, criou a primeira oportunidade quando Lautaro Daz recebeu lanamento, invadiu a rea e arriscou. Travado, ganhou escanteio. Na cobrana de William, Kau Prates subiu sozinho e arrancou suspiros.

Organizado defensivamente, o Palestino soube ser eficaz. Na primeira descida ao ataque, deixou o clima no Gigante da Pampulha ainda mais gelado. A jogada que resultou no gol dos chinelos comeou aos cinco minutos, quando Abrigo roubou a bola de Villalba e descolou um escanteio. Depois de tanto insistirem nas sobras, os adversrios alcanaram a meta. O mesmo Abrigo cruzou e encontrou Ariel Martnez. Livre de marcao, o meio-campista mal precisou pular para cabecear e abrir o marcador: 1 a 0 em falha coletiva celeste.

A partir dali, cenrio comum para o Cruzeiro na Sul-Americana voltou a se repetir. A equipe foca em remediar, no prevenir, isto , espera ser vazada para reagir. Em todos os outros confrontos na competio, os celestes sofreram o primeiro tento. Tal questo, inclusive, j havia sido pontuada pelo zagueiro Fabrcio Bruno, que, poupado, sequer esteve entre os relacionados.

At o fim do primeiro tempo, a Raposa apresentou atuao melhor. Buscou o empate algumas vezes, principalmente com Lautaro, Gabi, Kaique e Murilo, mas, nessas ocasies, pecou nas finalizaes. O baixo repertrio na criao de jogadas tambm falou mais alto, e os mandantes, donos da posse de bola, dirigiram-se ao vestirio com a desvantagem no marcador.

Virada celeste

Leonardo Jardim promoveu algumas mudanas no segundo tempo para dar flego equipe. Em campo, pouca coisa mudou. O Cruzeiro teve at mais dificuldades e mal criou jogadas perigosas. O Palestino, por sua vez, manteve a organizao defensiva e apostou em contra-ataques.

O jogo morno, em um ambiente gelado, no dava esperanas torcida, que acompanhou lance a lance com expresso de aflio. Aos 24 minutos, uma esperana de mudana no cenrio da partida. Bolasie, recm-acionado pelo comandante, recebeu cruzamento de William e cabeceou para empatar: 1 a 1.

O Palestino deu a rpida impresso de que voltaria a atacar, mas no teve perna. Diante do cenrio favorvel, o Cruzeiro passou a martelar. Pecou, claro, na eficcia – por vezes, trocou passes sem objetivos e errou finalizaes. Quando a sequncia negativa parecia reinar, Gabi apareceu. Aos 44 minutos, o camisa 9 tabelou com Dinenno, arriscou de fora da rea e marcou o gol da virada: 2 a 1.

O tento incendiou a torcida do Cruzeiro, que, instantaneamente, passou a cantar msicas em provocao ao rival Atltico, prximo adversrio.

CRUZEIRO X PALESTINO

Cruzeiro

Lo Arago; William, Jonathan Jesus, Villalba (Gamarra, no intervalo), Kau Prates; Murilo Rhikman, Lucas Romero (Rodriguinho, no intervalo), Christian (Walace, no intervalo); Kaique Kenji (Dinenno, aos 25′ do 2T), Gabi e Lautaro Daz (Bolasie, aos 13′ do 2T). Tcnico: Leonardo Jardim.

Palestino

Sebastin Prez; Ariel Espinoza, Cristin Surez, Fernando Meza, Dilan Ziga; Ariel Martnez, Julin Fernndez, Joe Abrigo (rias, aos 21′ do 2T); Byan Carrasco (Facundo Castro, aos 30′ do 2T), Jonathan Bentez (Parra, aos 29′ do 2T) e Junior Marabel. Tcnico: Lucas Bovaglio.

• Motivo:Quinta rodada do Grupo E da Copa Sul-Americana
• Local:Mineiro, em Belo Horizonte
• Gols: Ariel Martnez, aos 6′ do 1T (CRU); Bolasie, aos 24′ do 2T (CRU); Gabi, aos 45′ do 2T (CRU)
• Cartes amarelos: William, aos 42′ do 1T (CRU); Abrigo, aos 3′ do 2T (PAL); Kaique Kenji, aos 6′ do 2T (CRU); Ziga, aos 13′ do 2T (PAL); Gabi, aos 28′ do 2T (CRU);
• Data e horrio:Quarta-feira, 14 de maio de 2025, s 21h30
• rbitro:Kevin Ortega (PER)
• Assistentes:Jesus Sanchez (PER) e Stephen Atoche (PER)
• VAR:Diego Haro (PER)
• Pblico: 9.698 torcedores
• Renda: R$ 191.490,00