A recente alta nas cotações do petróleo elevou a defasagem do preço interno do diesel para os maiores níveis desde janeiro de 2025, antes do primeiro reajuste da Petrobras no ano. Apesar disso, o mercado não espera que a estatal aumente seus preços no momento.
Na abertura do mercado em 23 de outubro, o preço do diesel estava R$ 0,58 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), enquanto nas refinarias da Petrobras, a defasagem era de R$ 0,61 por litro.
Esses valores representam os maiores índices desde 22 de janeiro, dez dias antes de um aumento de R$ 0,22 por litro. Para a gasolina, a defasagem média é de R$ 0,24 por litro e R$ 0,26 nas refinarias da Petrobras, o maior valor desde o final de janeiro.
A demanda maior no mercado internacional durante o verão americano tende a impactar as cotações. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a empresa está cautelosa e não pretende aumentar os preços para evitar transferir a volatilidade ao consumidor.
Com a situação geopolítica em meio ao conflito entre os Estados Unidos, Israel e Irã, o risco de interrupção no Canal de Hormuz, que representa aproximadamente um quarto do consumo global de petróleo, elevou a pressão sobre os preços internacionais.
Recentemente, a cotação do petróleo Brent atingiu o maior valor em cinco meses, embora tenha recuado ligeiramente depois das declarações da Casa Branca sobre a situação no Oriente Médio. Analistas indicam que, mesmo sem uma definição clara, os mercados estão precificando um prêmio de risco para o petróleo a curto prazo.
Apesar dos desafios, a alta do preço do petróleo pode beneficiar a balança comercial do Brasil, que é um grande exportador, além de proporcionar mais arrecadação tributária. Contudo, isso pode complicar a política de preços da Petrobras.
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