Ribeirão Preto, SP (FOLHAPRESS) – A gripe aviária foi confirmada em uma criação de galinhas domésticas em Goiás. A Agrodefesa (Agência Goiana de Defesa Agropecuária) identificou o caso nesta sexta-feira (13) em Santo Antônio da Barra, localizado no sudoeste do estado.
A informação aponta que aproximadamente cem ave apresentaram sintomas como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, diarreia e edema facial. A suspeita foi comunicada à Agrodefesa na última segunda-feira (9), um dia após o Ministério da Agricultura divulgar a confirmação de um surto em Campinápolis (MT).
O resultado foi obtido por meio de análises realizadas pelo laboratório federal de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária. Em resposta, Goiás implementou medidas de vigilância em um raio de dez quilômetros do foco da infecção, além de reforçar as barreiras sanitárias e suspender temporariamente feiras e exposições com aves vivas na área afetada.
Essas ações seguem o protocolo estabelecido em Campinápolis, incluindo a desinfecção total do local afetado. O Ministério da Agricultura afirmou que incidentes como este não geram restrições ao comércio internacional de produtos avícolas e garantiu que não há risco à saúde humana no consumo de carne de frango ou ovos.
Entendendo o H5N1
O H5N1 é uma variante do vírus da gripe comum. Diferente do H1N1, que é mencionado na vacina anual contra a gripe, o H5N1 é comum entre aves. Embora circule uma mutação atual, o ancestral do vírus é conhecido desde 1996.
Desde 2020, o vírus se espalhou pela África, Ásia e Europa, alcançando o continente americano entre 2022 e 2023. No Brasil, relatos de infecção em animais silvestres começaram este ano no Espírito Santo, com registros em pelo menos sete estados.
Impacto nas aves
O H5N1 é extremamente letal para aves, espalhando-se rapidamente entre elas. Galinhas e outras aves em criações humanas são particularmente vulneráveis, e a letalidade tende a ser maior em granjas devido às condições de manejo.
Segurança no consumo de produtos avícolas
Órgãos como o Ministério da Agricultura asseguram que o consumo de carne de aves e ovos, tanto em domicílios quanto em estabelecimentos comerciais, é seguro. O professor Paulo Eduardo Brandão, da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, esclarece que a influência aviária não é transmitida aos humanos através do consumo desses produtos, desde que sejam preparados adequadamente, ou seja, bem cozidos.
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