A Ditadura Militar no Brasil (1964-1985) foi um regime autoritário instituído após o golpe de 31 de março de 1964, que depôs o presidente João Goulart.
O período foi caracterizado por repressão política, censura, e tortura de opositores, tendo diferentes fases até a redemocratização.
Os primeiros anos: a consolidação do poder
Entre 1964 e 1968, sob a liderança do general Castelo Branco, o governo consolidou sua estrutura de poder. O Ato Institucional nº 1 (AI-1) possibilitou a cassação de mandatos e perseguições, enquanto o AI-2 extinguiu os partidos políticos, criando um sistema bipartidário com a Arena e o MDB.
O endurecimento e o AI-5
A partir de 1968, o AI-5 intensificou a censura e fechou o Congresso Nacional, consolidando a repressão ao regime. Apesar da repressão, o Brasil experimentou um crescimento econômico acelerado sob o governo de Emílio Garrastazu Médici, impulsionado por investimentos estatais.
O ‘Milagre Econômico’ e suas consequências
O fenômeno do “Milagre Econômico” começou em 1968, trazendo crescimento médio de 10% ao ano. Esse período viu a industrialização, modernização e crescimento das exportações, mas também agravou a desigualdade social e o endividamento externo.
Grandes obras como a Rodovia Transamazônica e as usinas de Itaipu e Tucuruí marcaram essa fase. Contudo, a Crise do Petróleo nos anos 70 provocou dificuldades econômicas que culminaram em uma crise prolongada.
Abertura política e a Lei da Anistia
A partir de 1974, sob o governo de Ernesto Geisel, começou um processo gradual de abertura política. A revogação do AI-5 em 1978 e a aprovação da Lei da Anistia em 1979 foram marcos importantes nesse processo.
O clamor pela redemocratização
O governo de João Batista Figueiredo, o último militar, enfrentou a pressão das manifestações populares por eleições diretas, simbolizadas pelo movimento “Diretas Já”, que mobilizou milhões.
O fim da ditadura e seus legados
Com a eleição indireta de Tancredo Neves em 1985, encerrou-se oficialmente a ditadura. Neves faleceu antes de assumir e seu vice, José Sarney, ficou no poder até 1989. O legado da ditadura ainda é amplamente debatido nas esferas política e social.
Entrevista especial com José Rodrigues do Amaral
Na última semana, o jornalista José Rodrigues do Amaral, conhecido como Carioca, deu uma entrevista ao programa Baú 97, onde relembrou detalhes da vida política durante a ditadura e sua trajetória na imprensa regional.
Para ouvir a entrevista completa do Carioca, acesse o programa BAÚ 97.
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