REDAÇÃO – A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG), para discutir as ações que serão adotadas em função do aumento do número de casos das doenças respiratórias no estado. O encontro aconteceu na quarta-feira (7/5).
Além dos servidores da pasta, o COE-Minas-SRAG conta com a participação de representantes da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed).
O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, destaca que serão realizadas reuniões semanais para a consolidação e avaliação dos dados epidemiológicos, de assistência e de regulação de leitos de cada Unidade Regional de Saúde.
“Com o decreto de emergência e a implantação do COE, ampliamos o monitoramento dos dados, acompanhando a situação em todo o estado, para estabelecer as diretrizes do enfrentamento ao período sazonal das doenças respiratórias”, explica.
“O COE é uma estrutura de resposta para apoiar os municípios neste momento tão importante. Mas, além dele, temos várias ações em curso, como as capacitações das equipes para qualificar a assistência local e uma resolução para o cofinanciamento da assistência à saúde, pactuada desde fevereiro, antes do início do período sazonal”, ressalta o subsecretário.
Entre as ações desenvolvidas pelo COE-Minas-SRAG, estão:
- Gerenciar a resposta às emergências em saúde pública relacionadas à SRAG.
- Estabelecer objetivos estratégicos e prioridades para resposta às emergências.
- Analisar dados epidemiológicos de SRAG e doenças respiratórias emergentes.
- Elaborar boletins epidemiológicos e notas técnicas de orientação para os municípios.
- Apoiar a organização da rede assistencial e tomada de decisão.
- Estabelecer cenários de risco.
- Coordenar o plano de ação com as áreas técnicas envolvidas.
- Levantar dados e informações relevantes para a gestão da emergência em saúde pública.
Prevenção e resposta
Desde abril, Minas Gerais conta com a Sala de Monitoramento de Vírus Respiratórios, ambiente técnico que acompanha a circulação de vírus em todo o estado. A ferramenta permite decisões rápidas e integradas nas áreas de vigilância, assistência e vacinação.
Para dar suporte à rede hospitalar, a SES-MG também iniciou o repasse de incentivos financeiros para hospitais que abrirem ou adaptarem leitos clínicos voltados ao atendimento pediátrico de SRAG.
Em março, foram abertos 12 leitos semi-intensivos no Hospital Infantil João Paulo II, da Fhemig, em Belo Horizonte, voltados principalmente aos casos de bronquiolite em crianças. A estrutura do hospital também está preparada para disponibilizar 10 leitos de CTI pediátrico, caso a demanda aumente.
Além disso, a SES tem intensificado as medidas de monitoramento e apoio à rede assistencial, especialmente para o público infantil. As ações emergenciais incluem a análise dos indicadores de notificações por SARG e a articulação com as Unidades Regionais de Saúde e municípios para reforço da vigilância epidemiológica. Também fazem parte das medidas a reorganização da rede de atenção, com foco na ampliação da capacidade de assistência, e o reforço nas campanhas de vacinação contra Influenza e Covid-19. A secretaria tem enviado comunicados técnicos e mobilizado os públicos prioritários para aumentar a adesão às vacinas.
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