O governo Lula (PT) está analisando a possibilidade de Donald Trump impor tarifas de importação sobre uma gama mais ampla de produtos brasileiros a partir de abril, muito além da ideia inicial de taxação sobre etanol, aço e alumínio.
Entre as avaliações em curso, existe a especulação de um imposto linear sobre praticamente toda a pauta exportadora brasileira para os EUA, com lançamento previsto para o dia 2 de abril, como parte da nova política comercial do presidente americano.
A situação atual coloca o Brasil em um cenário de incerteza, já que as conversas entre os governos têm se concentrado principalmente no setor do etanol. Os EUA criticam o imposto brasileiro de 18% sobre o etanol importado, em comparação à taxa de 2,5% aplicada por eles.
Recentemente, as declarações de integrantes do governo Trump e reportagens especializadas na imprensa norte-americana evidenciam a possibilidade de o Brasil ser envolvido em uma escalada da guerra comercial liderada por Trump. As informações sobre as tarifas que podem ser aplicadas ainda permanecem pouco claras.
As hipóteses mais preocupantes para o governo Lula incluem a introdução de novos setores tarifados ou alíquotas individuais para cada parceiro comercial. Um plano não concretizado que estava sendo avaliado na Casa Branca era categorizar os diferentes países em três classes tarifárias, mas essa abordagem foi abandonada em favor de um tratamento baseado em critérios específicos para cada nação.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que, no início de abril, cada país receberá uma pontuação baseada em suas barreiras comerciais, o que influenciará no tratamento tarifário que será aplicado. As incertezas são altas, especialmente considerando que o Brasil já possui uma tarifa média de 11,1% sobre importações.
De acordo com dados da Amcham, as exportações industriais do Brasil para os EUA somaram US$ 31,6 bilhões em 2024, com produtos estratégicos, como aeronaves, entre os principais exportados. A eventual imposição de tarifas adicionais poderia afetar significativamente esses números.
Até o momento, não foram divulgadas informações concretas sobre quais produtos podem ser66sobretaxados, embora o governo Trump já tenha iniciado investigações comerciais que podem incluir o cobre e a madeira, ambos itens de exportação do Brasil para os EUA.
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