Na véspera da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central divulgou resultados de um questionário com economistas, indicando expectativas quanto ao impacto da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos. A maioria dos 127 respondentes (63%) acredita que essa situação irá contribuir para um cenário desinflacionário no Brasil. Em contrapartida, 23% veem a situação como neutra, enquanto 14% projeta um aumento da inflação.
Os dados foram coletados em 25 de abril e vieram à tona pouco antes da decisão sobre a taxa básica de juros, que atualmente se encontra em 14,75%, o nível mais elevado em quase duas décadas. Essa medida reflete os impactos da >guerra comercial<, que já havia afetado o Brasil com tarifas sobre as suas exportações e importações, como a taxa de 25% sobre o aço e alumínio.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva iniciou diálogos com representantes da administração de Donald Trump antes mesmo do aumento tarifário se tornar efetivo. Tais contatos têm sido mantidos sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em sua última ata, o Copom incluiu nos fatores que podem contribuir para uma redução de preços a possibilidade de queda nos preços das commodities. Contudo, essa previsão se complica com o recente acordo entre os EUA e a China sobre tarifas.
Os economistas também preveem um impacto negativo na taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com uma média de recuo de 0,2 ponto percentual para este ano e uma diminuição de 0,1 ponto para 2026.
Entretanto, o Copom ressalta que a magnitude do efeito da guerra comercial sobre a economia brasileira ainda é incerta. Por um lado, o Brasil parece menos vulnerável às tarifas em comparação a outras nações, mas, por outro lado, é impactado por um ambiente global adverso. O cenário atual gera maior incerteza, resultando em alterações nas decisões de investimento e consumo.
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