O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (12) que as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), reveladas pela Polícia Federal, configuram um verdadeiro “escândalo”. Em entrevista ao portal UOL, Haddad enfatizou a seriedade do caso e a repulsa da população diante dos acontecimentos.
“É um escândalo mesmo. O que tem de mais sagrado é a pessoa trabalhar a vida inteira e conseguir a sua aposentadoria, a sua pensão dignamente. Uma pessoa focar nesse público para levar vantagem? A partir de um crime? É uma coisa indigna num grau, realmente acho que enojou o país inteiro. Eu desejo e acredito que isso vá acontecer, que essas pessoas vão ser presas e vão cumprir uma pena que, a meu ver, deve ser exemplar”, afirmou.
O ministro destacou ainda que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é clara a respeito do ocorrido: “punição exemplar dos responsáveis e o ressarcimento das pessoas lesadas”.
A operação da Polícia Federal, em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU), realizada em 23 de abril, revelou que alguns sindicatos e entidades associativas teriam cobrado indevidamente de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
O escândalo levou à saída do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que foram substituídos por Gilberto Waller e Wolney Queiroz, respectivamente.
Na semana passada, uma coletiva de imprensa foi realizada, contando com a presença do ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, do novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e do presidente do INSS, Gilberto Waller, além do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias. Durante a coletiva, uma ação judicial foi anunciada contra 12 entidades suspeitas de envolvimento nas fraudes.
Conforme a ação judicial, o prejuízo imposto ao INSS, verificável pelos descontos realizados pelas entidades e apurados pela Dataprev, ultrapassa R$ 2.567.083.470,44.
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