Haddad compartilha emoção em evento com Lula sobre reforma agrária

São Paulo, SP (FOLHAPRESS) – Durante um evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que marcou a criação de um assentamento rural no Paraná, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua emoção ao falar sobre ‘sofrimento’. O evento ocorreu na comunidade Maila Sabrina, entre os municípios de Ortigueira e Faxinal, na última quinta-feira (29).

“Eu estou até um pouquinho emocionado demais, porque eu lembrei muito do meu pai hoje. Meu pai era agricultor no Líbano e falava muito do vínculo que ele tinha com a terra”, comentou Haddad para a plateia.

Essa emoção surgiu após o advogado-geral da União, Jorge Messias, expressar seu apoio a Haddad. “Obrigado, companheiro. Quero dizer para você que é um orgulho, é uma honra servir no governo do presidente Lula ao seu lado. Eu sei o que você passa, eu sei da sua luta, e nós estamos juntos”, disse Messias.

A criação do assentamento beneficiará 450 famílias e faz parte do programa Terra da Gente, que visa acelerar a reforma agrária no Brasil. O local é ocupado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) desde 2003.

Haddad ainda ressaltou: “Servir ao governo do presidente Lula é sempre uma coisa interessante. Por mais que você sofra, que você seja criticado, há dias como hoje que apagam todo o sofrimento e celebram a vida de vocês”.

Na véspera, ele havia discutido em Brasília com líderes parlamentares a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), uma medida do governo para aumentar a arrecadação. Haddad alertou que, sem a alta do imposto, as contas públicas poderiam ficar em situação delicada.

“Combinamos que a equipe econômica tem 10 dias para apresentar um plano alternativo ao aumento do IOF. Algo que seja duradouro, consistente e que evite gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação, prejudicando o país”, escreveu o presidente da Câmara, Hugo Motta, em suas redes sociais.

A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) comentou que Haddad não detalhou as medidas de aumento do IOF durante as discussões com o governo.